A Redação
Goiânia - A prefeitura de Goiânia lançou a 17ª Campanha Pipa Sem Cerol, nesta segunda-feira (2/6). Com o tema “Diversão com segurança para todos! Voe livre, voe consciente!”, o objetivo da ação é previnir acidentes. As ações de conscientização e fiscalização se estendem ao longo destes três meses até o final do mês de agosto.
O comandante da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Gustavo Toledo, lembra que a prática de soltar pipa com cerol é proibida em Goiânia e em diversas cidades do Brasil, devido aos riscos não apenas para as crianças e adolescentes que prática, mas também para transeuntes, motociclistas e para a integridade da fiação elétrica e de bens públicos e privados. O número emergencial 153 da GCM recebe denúncias relacionadas ao uso de cerol.
A lei que proíbe a comercialização e o uso de cerol ou qualquer outro tipo de material cortante nas linhas de pipas foi aprovada e sancionada em 2009, e regulamentada em 2011. Cabe aos agentes de Fiscalização Municipal e à Guarda Municipal, no âmbito de suas competências, e com o apoio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, quando necessário, zelar pelo cumprimento do disposto na Lei nº 8.832/08. O infrator estará sujeito a multa, já o estabelecimento que comercializar o cerol estará sujeito à aplicação das seguintes penalidades como advertência, multa e até mesmo cassação do alvará de localização e funcionamento.
De acordo com a GCM, a Campanha Pipa Sem Cerol foi inicialmente criada para o período de férias escolares, quando a prática de soltar pipas se intensifica. Contudo, visando uma maior eficácia e aproveitando também o período letivo para realizar ações educativas, a instituição decidiu estender a campanha.
A ampliação da campanha, conforme a GCM, permite à instituição promover um trabalho educativo mais abrangente, conscientizando não apenas as crianças e adolescentes, mas também pais e responsáveis sobre os riscos associados ao uso de cerol/linhas cortantes e a importância de brincar de forma segura. “A contínua presença da Campanha Pipa Sem Cerol, ao longo do ano escolar, contribui significativamente para a prevenção de acidentes e para a proteção da comunidade”, diz a instituição.
Acidentes
Desde a criação da campanha Pipa Sem Cerol, a GCM aponta que os números de vítimas fatais decorrentes do uso de cerol têm demonstrado uma tendência positiva. Em 2009, não houve registro de mortes relacionadas a essa prática em Goiânia. No ano seguinte, em 2010, foram contabilizadas quatro mortes. Em 2011, o número caiu para uma única morte, e em 2012, novamente, não houve vítimas fatais.
Em 2013, houve o registro de uma morte, enquanto no ano seguinte não houve nenhum incidente fatal. Em 2015, houve mais um registro de morte, e de 2016 a 2020 não foram registradas vítimas fatais. Em 2021, houve novamente uma morte, mas, entre 2022 a 2024, a campanha manteve o índice positivo, sem nenhuma morte registrada. “Esses dados corroboram para eficácia das ações de conscientização e prevenção promovidas pela campanha Pipa Sem Cerol, realizada pela Guarda Civil Metropolitana de Goiânia”, afirma a instituição.
A 17ª Campanha Pipa Sem Cerol é promovida em parceria com diversas instituições, incluindo a Equatorial Energia Goiás, Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), ONG Guardiões do Verde, Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME), Movimento Lixo Zero, Associação dos Servidores da Guarda, Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Frente Estadual de Combate ao Cerol, Nacionaes Moto Clube (1ª) Regional Goiás, entre outras.
Os programas Guarda Mirim e Anjos da Guarda, ambos da Assessoria de Políticas sobre Drogas, também estão engajados nas atividades da campanha, que desenvolvem trabalhos educativos junto às redes de ensino, assim como os grupos Cão Amigo do Grupo de Operações com Cães (GOC K9) e o Projeto Escola Mais Segura, desenvolvido pela 7ª Unidade de Comando Regional. Esses programas são desenvolvidos em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, que realiza o Festival de Pipas nos mutirões, em parceria com instituições parceiras, que trabalham na orientação de uma prática segura sem o uso das linhas cortantes.