A Redação
Goiânia - A partir de 10 de abril, turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália precisarão de visto para entrar no Brasil. A medida passa a valer porque, em 9 de abril de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um decreto prorrogando por mais um ano a isenção de vistos para cidadãos desses três países. O prazo acaba, portanto, no mês que vem. Desta vez, não há previsão dentro do governo para uma nova prorrogação.
Depois desta data, a emissão será eletrônica, sem necessidade de visita ao consulado brasileiro, entrevista ou entrega do passaporte para fixação de visto nas páginas do documento. Além disso, o custo será menos da metade do que é cobrado dos brasileiros. Caso aprovado, o visto será enviado por e-mail ao turista.
Em entrevista ao CNN Money, Marcelo Freixo, presidente da Embratur, minimiza o risco de a medida afastar turistas, mas reconhece que o ideal para o turismo seria continuar com a isenção aos norte-americanos, canadenses e australianos. “Particularmente, acho que se pudéssemos ter a isenção do visto seria bom porque, quanto menos dificuldade você criar para o turista, melhor. Mas eu respeito o princípio da reciprocidade”.
Freixo cita que estudos da Embratur indicam que a volta da exigência de visto não deve prejudicar o turismo estrangeiro, desde que o processo seja fácil, rápido e barato.
“Tenho conversado com o ministro Mauro Vieira (de Relações Exteriores) para que esse visto não seja burocrático, não seja demorado e não seja caro. Se for assim, se não houver nenhuma dificuldade para o turista, não vejo problema de se retornar à reciprocidade”, disse o presidente da Embratur.