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Paço Municipal passará a abrigar todas as secretarias em Goiânia

Medida visa reduzir custos | 09.01.25 - 18:04 Paço Municipal passará a abrigar todas as secretarias em Goiânia Sandro Mabel (Foto: Alex Malheiros)A Redação
 
Goiânia – Como uma das medidas para equilibrar as contas da Prefeitura de Goiânia, o prefeito Sandro Mabel reorganizou a administração pública municipal por meio da transferência de diversas secretarias que funcionavam em imóveis próprios ou alugados para o Paço Municipal.
 
Segundo Mabel, a estrutura do Paço Municipal é capaz de abrigar todas as secretarias. No entanto, atualmente, muitos departamentos estão distribuídos em espaços pequenos e ineficientes. “A estrutura comporta todas as secretarias. Hoje não comporta porque as secretarias estão divididas em salinhas pequenas, com poucas pessoas em cada uma. Isso acabou. No meu escritório, por exemplo, os departamentos financeiro e de contabilidade trabalham juntos, sem essa divisão”, explicou o prefeito.
 
Além dessa reorganização física, Mabel também demonstra preocupação com o funcionalismo público. “Muitas vezes, temos servidores que apenas vêm ao trabalho para bater o ponto e depois vão embora. O cargo público é para servir ao cidadão. O servidor tem um contrato de oito horas e precisa cumprir sua jornada”, afirmou.
 
Desequilíbrio financeiro
Em relação à folha de pagamento, Mabel revela que o município enfrenta um desequilíbrio financeiro, com mais de 50% do orçamento comprometido com os salários dos servidores. “Estamos buscando equilibrar as contas e garantir que o dinheiro seja usado da melhor forma, remunerando adequadamente aqueles que realmente trabalham", comentou.
 
O prefeito também mencionou situações desbalanceadas, como o caso de uma auxiliar de limpeza na Comurg que recebe R$ 44 mil mensais, valor superior ao salário de um prefeito. “Isso é insustentável e precisamos corrigir. A cidade precisa de mais transparência e equilíbrio no uso dos recursos públicos”, declarou.
 
No setor da educação, Mabel alerta para a presença de cerca de 6 mil servidores em licença médica, o que representa uma parcela significativa do total de funcionários da área. “É preciso rever essa situação. Temos gente que há anos está de licença médica, continua recebendo salário e, muitas vezes, trabalhando em outro lugar. Isso prejudica quem paga impostos e prejudica a eficiência do serviço público”, afirmou.
 
Em relação à saúde, o prefeito destaca a necessidade de fazer mudanças que permitam a construção de mais escolas e unidades de saúde, recursos esses que, segundo ele, são escassos devido ao endividamento da cidade.
 
Dívida municipal
Sobre as finanças da cidade, Mabel detalha que a dívida municipal, anteriormente estimada em R$ 1,6 bilhão, já chegou a R$ 3,4 bilhões. Além disso, a prefeitura enfrenta passivos relacionados a precatórios e ações judiciais que somam milhões de reais. “Temos um passivo significativo. Só neste ano, vencem R$ 370 milhões em dívidas. Quem fez, fez, mas agora é o contribuinte quem vai ter que pagar a conta”, explicou o prefeito.
 
“Nós tínhamos aqui, dentro do gabinete, 70 pessoas comissionadas. Não havia espaço para esse tanto de gente, muitas que só assinavam ponto. Dos 70, ficaram 7 cargos, 63 foram exonerados. Tivemos situações assim em outros lugares, eu chamei o secretariado e falei para ficar com parte. São coisas que temos de fazer para ganhar fôlego e sair desse sufoco”, defendeu Mabel.
 
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