A Redação
Goiânia - A vereadora Kátia Maria (PT) criticou a decisão da prefeitura de Goiânia de suspender as eleições para diretores e diretoras das escolas municipais, que ocorreriam nesta quarta-feira (27/11). Para a parlamentar, a medida é um retrocesso democrático e compromete a gestão escolar. “Suspender as eleições a dois dias de sua realização é um ato antidemocrático, que fere a autonomia das escolas e prejudica a participação da comunidade na escolha de seus gestores”, afirmou.
“É uma decisão muito equivocada da equipe de transição do prefeito eleito Sandro Mabel e mais equivocada ainda da gestão atual de acatar e suspender as eleições”, completou.
As eleições, que envolvem mais de 150 unidades escolares, já haviam sido organizadas pelas comissões eleitorais e estavam sendo aguardadas com grande expectativa. A Secretaria Municipal de Educação (SME) anunciou a suspensão sem fornecer justificativas claras, gerando revolta entre professores, pais e estudantes. A alegação preliminar é de que seria necessária uma revisão do processo, a pedido da equipe de transição do prefeito eleito Sandro Mabel (UB), mas não foram divulgados detalhes sobre essa revisão.
Pedagoga e a única professora com mandato na Câmara Municipal, Kátia ressaltou que a suspensão da eleição representa um ataque à autonomia das escolas e ao direito da comunidade escolar de participar da escolha de seus gestores. “Essa decisão desrespeita a organização já feita pela comunidade escolar e tira da população o direito de decidir sobre a gestão de suas escolas. A eleição para diretores é uma prática democrática e essencial para a qualidade do ensino”, afirmou.
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A vereadora também destacou que o modelo de eleição, que envolve professores, servidores, pais e alunos, contribui para uma gestão escolar mais qualificada e garante a continuidade do planejamento educacional, independentemente de mudanças políticas.
“Os diretores eleitos são servidores efetivos que passaram por cursos e provas seletivas, têm mais autonomia para planejar e implantar ações, sem a interferência de questões e indicações políticas. Isso garante a continuidade e o aprimoramento da gestão, independentemente do partido que estiver no poder”, explicou.
Professores e servidores também expressaram indignação com a suspensão, considerando-a prejudicial à credibilidade do processo. Pais e alunos, por sua vez, iniciaram mobilizações nas redes sociais e estão organizando manifestações públicas para pressionar a Prefeitura a reverter a decisão.
“Exigimos que a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação revejam essa decisão e mantenham as eleições, pois elas são fundamentais para o aprimoramento e fortalecimento da gestão escolar”, concluiu Kátia.