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ECONOMIA

Para Fieg, aumento da Selic compromete criação de empregos e investimento

Essa é a segunda alta consecutiva | 07.11.24 - 14:51 Para Fieg, aumento da Selic compromete criação de empregos e investimento Presidente da Fieg, Sandro Mabel (foto: divulgação)
A Redação

Goiânia
- Com o reajuste de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, agora em 11,25% ao ano, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) expressa preocupação com os impactos na economia. Para a Fieg, o aumento dos juros compromete o custo do crédito, freia investimentos produtivos e ameaça a criação de empregos, afetando negativamente o crescimento econômico e o mercado interno. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu o reajuste na quarta-feira (6/11). Essa é a segunda alta consecutiva na Selic, voltando o indicador aos patamares operados entre fevereiro e março deste ano.
 
De acordo com relatório da área técnica da Fieg, apesar da manutenção de taxas de juros elevadas ser frequentemente justificada pelo controle inflacionário, é essencial ponderar sobre os efeitos desse aumento e que vão além da inflação de curto prazo, afetando diretamente o ambiente produtivo. "Em linhas gerais a elevação dos juros resulta em restrição ao acesso ao crédito, aumento dos custos de financiamento e redução do poder de investimento das empresas", destaca o documento.
 
Para o presidente da Fieg, Sandro Mabel, o aumento da Selic pode intensificar o ciclo de desaceleração econômica em um momento em que é preciso avançar e consolidar o crescimento econômico do País. "Com juros elevados, a confiança empresarial diminui, levando a reduções na criação de empregos e no investimento produtivo. O impacto negativo é sentido em toda a cadeia produtiva e prejudica o avanço sustentável do Brasil, que depende de um mercado interno ativo e de condições de crédito favoráveis e estimulantes para alavancar setores estratégicos", defende.
 
Para ele, o compromisso com a meta de inflação deve ser equilibrado com políticas que favoreçam o desenvolvimento econômico. "Entendemos que o Banco Central adote uma estratégia cautelosa, mas é necessário considerar alternativas que aliviem os custos para o setor produtivo e para a população, incluindo uma atuação junto ao Governo Federal para controle de gastos", conclui. 

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