Ludymila Siqueira
Goiânia - O médico Leonardo Filho, ex-namorado da advogada Amanda Partata, suspeita de envenenar e matar o ex-sogro e a mãe dele, se pronunciou pela primeira vez nesta terça-feira (26/12), em Goiânia. "Muita surpresa negativa. Não imaginávamos qualquer coisa que justificasse tamanha brutalidade. Ainda estamos vivendo o luto e está sendo muito difícil", afirmou na porta da Delegacia de Homicídios, onde ele, a irmã Maria Paula e a mãe Eliane prestaram depoimento.
Suspeita de duplo homicídio, Amanda Partata foi presa temporariamente na noite de quarta-feira (20). À polícia, a mulher negou o crime. Em audiência de custódia, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) manteve a prisão temporária de Amanda.
Relembre o caso
Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e Luzia Tereza Alves, de 86 anos, mãe e filho, morreram em Goiânia entre domingo e segunda-feira (18/12) vítimas de envenenamento. Em um primeiro momento, a suspeita foi de que eles tivessem sofrido uma intoxicação alimentar causada por alimentos contaminados de uma famosa doceria de Goiânia.
A polícia excluiu qualquer relação com a doceria. “A injustiça direta de um crime é contra a vítima, mas houve uma injustiça grande contra a doceria. É uma empresa séria, responsável, que colaborou totalmente com todos os pontos da investigação”, garante Alfama.
Por uma questão técnica, os policiais acreditam que o veneno tenha sido ministrado no suco, pois é mais fácil dissolver o produto no líquido. A motivação, na avaliação da polícia, está ligada ao fato de Amanda não aceitar o término do namoro. Ela poderá responder por duplo homicídio duplamente qualificado.