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Projeto já atende mais de 120 clientes no país | 17.08.23 - 11:41
(Foto: reprodução)José Abrão
Goiânia – Foi iniciada a segunda etapa do projeto de Inteligência Artificial (IA) para o setor jurídico desenvolvido pela Corejur em parceria com o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (Ceia-UFG). O objetivo do projeto é desenvolver a mais avançada e inovadora Inteligência Artificial brasileira para a área jurídica. O projeto também tem o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), e é coordenado pelo professor Arlindo Rodrigues Galvão Filho, do Ceia-UFG.
A iniciativa começou em 2021 com um investimento superior a R$ 1,2 milhão. Sua primeira etapa foi concluída e já trouxe resultados importantes para o setor jurídico, beneficiando a rotina de escritórios de advocacia, departamentos jurídicos e órgãos públicos. Denominada “Classificação de Documentos e Extração Inteligente de Informações de Textos Jurídicos”, a etapa teve como linha de trabalho a otimização da extração de informações de documentos do Direito.
“A plataforma fazia a leitura dos documentos e extraía dados, fazia uma classificação, identificava seu conteúdo principal e podia fazer ali um resumo do que se tratava aquele parágrafo de um documento jurídico. Este ciclo gerou resultados concretos que hoje são aplicados nas soluções da nossa plataforma”, explica Renato Naves, CEO da Corejur, ao jornal A Redação. A solução já atende mais de 120 clientes em todo o Brasil, principalmente escritórios de advocacia no eixo Rio-São Paulo.
Já a segunda fase do projeto, iniciada este ano e orçada em mais de R$ 2,4 milhões, tem como título “Geração Automática de Textos Jurídicos Utilizando Modelos de Geradores de Linguagem Natural”. O foco desta vez é aproveitar as inovações obtidas na fase anterior para gerar documentos de forma automática com a ajuda da IA. “A ideia agora é seguir com isso de forma mais ousada, com uma plataforma gerativa, com capacidade de escrita”, planeja.
Dentre os principais objetivos do projeto estão: leitura, identificação e interpretação de texto em documentos jurídicos através de modelos sofisticados de redes neurais; geração de textos jurídicos baseada em abordagem híbrida de classificação de textos jurídicos, além de extração de informações e elaboração baseada em modelo gerador de linguagem natural.
Para isso, o projeto fará a exploração de arquiteturas de redes neurais, considerando o contexto e a linguagem das documentações da área jurídica. Um dos resultados esperados é a obtenção de algoritmos capazes de fazer o processamento de linguagem natural de forma adaptada à linguagem e o contexto jurídicos
Dessa forma, será possível otimizar a rotina de escritórios de advocacia e reduzir o tempo gasto com tarefas repetitivas, como é o caso não só da elaboração como também da interpretação e análise de documentos jurídicos. O processamento de linguagem natural, unida ao aprendizado de máquina, vai ajudar a aproximar mais advocacia e inovação, beneficiando o setor. O projeto terá duração estimada de 24 meses, mas Renato já prevê testes alfa até o final deste ano.
“Tudo isso está potencializado por serviços que a gente oferece. Nosso objetivo é oferecer tecnologia de ponta, inovação para as organizações jurídicas e empresas, com mais agilidade e mais produtividade. Esse é o nosso foco”, finaliza Renato.