A Redação
Goiânia - A 1ª Expedição Rio Meia Ponte completou nesta quinta-feira (23/3) o seu segundo dia percorrendo o trecho que vai da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG) até o Comando da Academia e Ensino do Corpo de Bombeiros, no Setor Goiânia 2, passando também pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Hélio Seixo de Brito. E enquanto uma equipe de pesquisadores desce o rio embarcada, uma outra percorre a região por terra, visitando os bairros que margeiam o Meia Ponte e levando informações sobre a preservação e recuperação de rios e nascentes.
“Essas ações de educação ambiental complementam o trabalhos dos pesquisadores, já que nosso maior objetivo é fazer um diagnóstico do Meia Ponte, mas também conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com o rio que leva água para grande parte das casas na cidade e região”, explica a vereadora Kátia Maria (PT), coordenadora da expedição.
Por terra, técnicos e professores visitam escolas, feiras e comércios, além de casas que ficam próximas do rio, para orientar e falar sobre conversação e preservação de mananciais. Uma pesquisa também está sendo feita para traçar o perfil sócio-econômico dos moradores e entender melhor quem são as pessoas que vivem às margens do Meia Ponte e ainda melhorar o serviço de fornecimento de água tratara e coleta de esgoto.
“Tenho sempre deixado claro que essa expedição não é fiscalizatória, mas sim científica e educativa e queremos também mudar forma das pessoas olharem para os rios que cortam Goiânia”, explica a vereadora. “Goiânia cresceu de costas para o Meia Ponte. O desenvolvimento da cidade foi para o outro lado e o rio virou local de descarte de lixo, de esgoto. Até mesmo as pontes escondem o Meia Ponte. Queremos despertar nas pessoas a paixão pelo rio, fazer com que elas abracem o Meia Ponte”, completa.
Para isso, as ações de educação ambiental nas escolas é fundamental, segundo a coordenadora. Com apoio da Saneago, a Expedição Rio Meia Ponte tem realizado palestras e apresentações teatrais para jovens e crianças e orientado comerciantes e moradores. Nestes dois primeiros dias, a expedição passou pela região Noroeste de Goiânia, em bairros como Floresta, São Domingos, Estrela Dalva, Recanto do Bosque, Jardim Balneário Meia Ponte, Criméia, Residencial Morumbi e Urias Magalhães. “A receptividade tem sido muito boa e acredito que estamos plantando uma sementinha que trará resultados efetivos a médio e longo prazo”, garante Kátia.
A 1ª Expedição Rio Meia Ponte começou na quarta-feira (22/3), Dia Mundial da Água, e vai até o próximo dia 27. O objetivo é fazer o maior diagnóstico da atual situação do rio, com análises, em toda a sua extensão por Goiânia, da água, solo, fauna e flora. Os resultados serão condensados em um documento único chamado Carta das Águas do Meia Ponte que será encaminhado aos governos estadual e municipal e também servirá para nortear o trabalho da Câmara em propostas de leis para recuperar e preservar o rio e seus afluentes.
Toda a pesquisa foi uma iniciativa da vereadora Kátia Maria, com apoio da Câmara Municipal, da Universidade Federal de Goiás (UFG), do Instituto Federal de Goiás (IFG) e em parceria com a Saneago, Batalhão Ambiental da PM, Corpo de Bombeiros, Fecomércio e diversas outras entidades e instituições governamentais e privadas.