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Goiânia – O Governo de Goiás inicia, neste mês de setembro, atividades em cinco Escolas do Futuro do Estado de Goiás (EFGs), iniciativa para oferta de cursos gratuitos de capacitação, qualificação, técnico e superior. Após convênio formalizado com a Universidade Federal de Goiás (UFG), em agosto, as unidades no Estado oferecerão, ainda neste semestre, 10 mil vagas. “A formação dos nossos jovens é o que existe de mais importante”, frisou o governador Ronaldo Caiado.
A EFG traz uma nova proposta pedagógica para formação profissional em Goiás. Haverá oferta de educação profissional tecnológica em cursos superior de tecnologia, técnico de nível médio, qualificação profissional e capacitação/atualização, nas modalidades presencial, on-line e a distância (EaD) e, ainda, prestação de serviços tecnológicos e fomento aos ambientes de Inovação (STAI).
Em setembro, as EFGs de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Mineiros e Santo Antônio do Descoberto vão oferecer 15 cursos gratuitos de capacitação, seis de qualificação e outros cinco técnicos. Parte dos cursos terá aulas remotas. As inscrições devem ser abertas no início de setembro. A previsão é que as aulas tenham início no dia 20 do mesmo mês. No entanto, até o final deste semestre, devem ser liberadas 7.568 vagas para cursos presenciais, 1.350 on-line e 1.363 EaD.
As unidades atuarão nos eixos tecnológicos de “Gestão e Negócios”, “Informação e Comunicação” e “Produção Cultural e Design”. Elas têm como proposta de trabalho atender as demandas inerentes à formação de profissionais com perfil voltado ao domínio de tecnologias inovadoras (base tecnológica). As principais formações técnicas na área de tecnologia serão em inteligência artificial, robótica, big data, data science e internet das coisas (IoT).
Trilha de capacitação
O aluno poderá entrar na Escola do Futuro do Estado de Goiás para fazer uma capacitação, qualificação ou curso técnico. “O estudante pode fazer capacitação, absorver uma habilidade que precisa e ir para o mercado. Ou pode fazer toda a trilha de formação dentro da escola e chegar ao técnico”, explica o secretário de Estado de Desenvolvimento e Inovação, Marcio Cesar Pereira.
“A ideia central é aumentar a empregabilidade, renda e expectativas de jovens por meio da educação profissional. Vamos preparar pessoas para uma carreira em campos de alta demanda no mercado. O setor de tecnologia remunera 2,4 vezes mais que a média do salário nacional. Sem falar que o setor sofre com déficit de profissionais qualificados. Anualmente, sobram aproximadamente 60 mil vagas em áreas tecnológicas”, afirma o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi).
Mais inovação
As EFGs integram um projeto maior do Governo de Goiás, por meio da Sedi, que é diversificar a matriz econômica e colocar o Estado na rota da inovação, como caminho para expandir o desenvolvimento econômico e social. Segundo o titular da pasta, Marcio Cesar Pereira, o objetivo é capacitar os alunos para as novas profissões que estão surgindo a partir da tecnologia e atender ao setor produtivo. “Hoje, o uso da inteligência artificial e robótica não é mais coisa do futuro, já é realidade. Elas estão cada dia mais presentes em nosso dia a dia”, ressalta.
A iniciativa também visa promover e comunicar atividades de inovação, disseminando o conhecimento e a transferência de tecnologia para empresas e atores diversos, além de fomentar a cultura de inovação e empreendedorismo, por meio das pré-incubadoras de empresas e/ou startups. Cada Escola do Futuro conta com salas de aula, laboratórios Stem (ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática), de robótica, eletrônica, automação, alto desempenho, economia criativa, real lab, metodologia, i-sports e práticas de TI. Também oferece estúdio de TV-web, coworking, startups e pré-incubadoras.
A exceção é a Escola do Futuro em Artes Basileu França, que continuará atuando na formação profissional e tecnológica na área de artes (música, dança, teatro, artes visuais e circo), inclusive com formação superior. As outras EFGs são: José Luiz Bittencourt (Goiânia), Luiz Rassi (Aparecida de Goiânia), Raul Brandão de Castro (Mineiros), Sarah Luísa Lemos Kubitschek de Oliveira (Santo Antônio do Descoberto) e Paulo Renato de Souza (Valparaíso, que ainda não teve a obra concluída).
Filarmônica de Goiás
Com o convênio entre o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação, e a Universidade Federal de Goiás, a Orquestra Filarmônica de Goiás (OFG) foi incorporada à Escola do Futuro em Artes Basileu França. No momento, a OFG está em processo de finalização da contratação dos músicos por meio de editais abertos. No entanto, o maestro britânico Neil Thomson está confirmado no comando da orquestra.
A OFG, além de suas apresentações e gravações, também apoiará os alunos de música do Basileu França. “A introdução da Filarmônica dentro da escola vai melhorar, e muito, o processo de formação dos alunos e ainda a seleção dos músicos para a própria orquestra”, explica o titular da Sedi, Marcio Cesar Pereira.
A filarmônica participa do maior projeto de gravação da história da música clássica brasileira. A OFG foi selecionada, juntamente com as filarmônicas de Minas Gerais e São Paulo, para integrar o projeto Brasil em Concerto, do Ministério das Relações Exteriores.
Serão gravadas aproximadamente 100 obras sinfônicas brasileiras dos séculos 19, 20 e 21 para divulgação no exterior - muitas em primeira gravação mundial. “O projeto levará o nome de Goiás e da Filarmônica para o mundo. Ser selecionado pelo governo federal é uma grande homenagem à qualidade de nossos músicos”, afirma o maestro Neil Thomson.
Níveis de formação
Capacitação (nível 1 de formação)
• Carga horária de 40 a 120 horas
• Inicia o aluno nos conceitos básicos de uma determinada profissão
Qualificação Profissional (nível 2 de formação)
• Carga horária a partir de 160 horas
• Aluno é preparado para uma ocupação de mercado
Técnico em nível médio
• Carga horária entre 800 e 1.200 horas
• Alunos sai habilitado para uma profissão
Cursos de capacitação
• Transformação Digital
• Desenvolvedor Python: Nível Básico
• Desenvolvedor Python: Nível Intermediário
• Lógica de Programação
• Desenvolvedor Python: Nível Básico
• Desenvolvedor Python: Nível Intermediário
• Estratégias de Designer de Negócios
• Criação e Gestão de Marcas
• Pesquisa de Mercado e Público-alvo
• Fotografia de produtos e Tratamento de Imagens Digital
• Ferramentas de Criação e Formatação de Produtos Digitais
• Conteúdo Digital e Otimização da Informação
• Empreendedorismo em Setores Culturais
• Empreendedorismo em Setores Tecnológicos
• Modelagem de Negócios Criativos
Cursos de Qualificação
• Criação de Conteúdo Digital
• Fundamentos de Aprendizado de Máquina
• Programação de Computadores
• Planejamento e Criação de Novos Negócios
• E-Commerce
• Empreendedorismo Criativo
Cursos Técnicos
• Aprendizado de Máquina
• Desenvolvimento Web Mobile
• Marketing e Mídias Digitais
• Empresas Digitais
• Economia Criativa