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Boletim InfoGripe

Fiocruz não recomenda flexibilização de medidas restritivas em Goiás

Não há sinalização de queda de casos de covid | 18.03.21 - 15:35 Fiocruz não recomenda flexibilização de medidas restritivas em Goiás (Foto: SES-GO)
 
Théo Mariano
 
Goiânia - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) não recomenda, por enquanto, flexibilização das medidas de prevenção adotadas por Goiás. A informação consta no Boletim InfoGripe, feito com base em dados sobre notificações de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país. Apesar da não recomendação, a Fiocruz aponta estabilização nos registros de casos no território goiano, após o levantamento anterior apontar sinal de crescimento a longo prazo.

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Segundo o boletim, todas as regiões do Brasil encontram-se em zona de risco e com ocorrência “muito alta” de casos de SRAG. O termo se refere a notificações sobre Influenza A, Influenza B, vírus sincicial respiratório (VSR), e SARS-CoV-2 (covid-19). Destes, o novo coronavírus representa 97,9% dos registros e é responsável por 99,3% de 210 mil mortes reportadas no sistema nacional SIVEP-gripe.
 
Para a Fiocruz, a flexibilização em Goiás e outros estados em mesma situação, como Bahia, Minas Gerais, Paraná, Roraima e Santa Catarina, será viável somente após a sinalização de queda nos casos a longo prazo. No país, conforme a publicação desta quinta (18), apenas Amazonas e Pará demonstram probabilidade de queda para as próximas seis semanas.
 
Em nota adicional na pesquisa, a fundação ressalta que, mesmo nos estados com queda nos indicadores, o número de novos casos semanais de SRAG ainda se encontra elevado. “Do ponto de vista epidemiológico, flexibilização das medidas de distanciamento social facilitam a disseminação de vírus respiratórios e, portanto, podem levar a uma retomada do crescimento no número de novos casos”, diz o boletim.
 
Secretário municipal da Saúde de Goiânia, Durval Pedroso fez um apelo à população goianiense para que respeite as regras de isolamento e contribua com a não propagação da covid-19. De acordo com Pedroso, a cepa predominante na capital é a de Manaus, conhecida como P1. Além de ser mais contagiosa, esta variante é mais agressiva em jovens.
 
Conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), atualizados às 14h desta quinta (18), a taxa de ocupação dos leitos de UTI, em hospitais públicos e privados, é de 99,38%. O estado registrou incidência de contaminação de 63,7 mil pessoas por 1 milhão de habitantes.
 
O consórcio de imprensa que analisa e divulga dados sobre a covid-19 no país apontou, nesta quarta (17), Goiás como o estado brasileiro com maior média móvel de mortes pela covid-19. Segundo o levantamento, a média saltou 210% no território goiano.
 
Nesta quarta-feira, passou a valer em Goiás o decreto do governador Ronaldo Caiado, que estabelece o revezamento de atividades comerciais não essenciais. A medida define que tais estabelecimentos deverão permanecer fechados por duas semanas, para então ficarem abertos nas outras duas seguintes. A decisão tem dividido opiniões, mas o cenário para reaberturas e flexibilizações não é nada animador, conforme pontua a Fiocruz.

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