A iniciativa de manter apenas os serviços considerados essenciais ganhou força após vários dias de aumento dos casos da covid-19 nas cidades da Grande Goiânia. A alta taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com covid-19 também preocupa as autoridades.
De acordo com o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, um decreto conjunto deve ser divulgado até a manhã deste sábado (27/2) com todas as ações definidas e com a lista de atividades que devem ser consideradas como essenciais. "Estamos decidindo para chegarmos à conclusão final", disse ao destacar que secretários de Saúde de outras cidades da Grande Goiânia também estão sendo consultados. Segundo Rogério, uma análise ténica com autoridades de saúde está sendo feita para que sejam definidas as atividades consideradas essenciais.
A expectativa é que seja liberado funcionamento apenas de farmácias, supermercados, postos de combustíveis, distribuidoras de gás, indústrias de insumos considerados essenciais, borracharias e pet shops.
Prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha destacou que "estamos vivendo o pior momento da pandemia no País" e, diante do cenário, é preciso buscar uma saída para o problema. "Busquei o Rogério [Cruz], que, muito inteligente, disse que deveríamos buscar outros prefeitos. Falamos com o governador, que desmarcou todos os compromissos para estar hoje conosco", disse.
O governador Ronaldo Caiado enfatizou, durante entrevista coletiva, que o Estado deve abrir novos leitos para pacientes com covid-19 até a próxima semana, mas isso, conforme destacou, não é suficiente. "Isso não basta para conter a disseminação do vírus", pontuou.
Caiado citou as novas cepas do novo coronavírus e o alto número de jovens que têm testado positivo nos últimos dias. "Essa variante já é uma contaminação comunitária", alertou. Caiado também citou que a medida de fechar a maior parte das atividades por sete dias não incluiria o transporte coletivo. "Não tem como parar o transporte", disse.