Raphaela Ferro
Goiânia - O governador Ronaldo Caiado coordenou o início de uma reunião remota nesta quarta-feira (17/2) com prefeitos, empresários e representantes dos poderes Legislativo e Judiciário em Goiás. O objetivo era discutir o cenário da pandemia de covid-19 no Estado, onde houve o aumento de casos e de internações em UTIs nos últimos dias. Em sua fala, ele enfatizou o pedido a prefeitos, vereadores, vereadoras, comerciantes, líderes sindicais e religiosos para que cumpram os protocolos de contenção da disseminação da doença.
"Propusemos uma portaria para que houvesse cancelamento (do funcionamento) de bares e boates a partir das 22 horas. Muita gente não quis assumir. Outros, prorrogaram horários. E estamos vendo um agravamento nas estruturas hospitalares. Não é momento de omissão. Não é momento de se acovardar diante da pressão de alguns que pensam mais no ponto de vista financeira", enfatizou o governador. Ele ainda ressaltou que é preciso pensar mais em como será possível conciliar a situação econômica, com distanciamento e isolamento sociais.
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Caiado reforçou que não é possível pensar apenas em mais aberturas de leitos, já que a estrutura humana das equipes de saúde são finitas. Pediu conscientização. "Não é possível que líderes de todas as áreas, seja da área política, seja do setor religioso, seja comercial, dos sindicatos... Essa omissão, hoje, está levando milhares de goianos a óbito. Já ultrapassamos 8 mil óbitos em Goiás."
Caiado, que estava dentro de um carro, justificou a comoção e o tom mais grave por estar em São Carlos, no interior de São Paulo, para o enterro do amigo Osmar Pereira de Barros Filho, que era diretor de operações do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) e faleceu em decorrência de complicações após ter covid-19. "
Para um médico como eu, assistir uma total descompromisso das pessoas com a vida é muito difícil de ser absorvido", concluiu.