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Proteção

Seguro de vida cresce mais de 300% na última década em Goiás

Interesse é maior entre jovens e mais pobres | 26.09.19 - 14:03 Seguro de vida cresce mais de 300% na última década em Goiás (Foto: freepik)
Kamylla Rodrigues
 
Goiânia –
Era dia 20 de janeiro de 2018, quando a vida da família de Jéssica Rassi Arantes mudou completamente. Alexandre Augusto Arantes, de 47 anos, o pai de Jéssica, havia falecido por causa de uma infecção generalizada após a realização de uma cirurgia bariátrica.
 
“A dor da perda foi imensurável. Ficamos totalmente perdidos”, relata a consultora financeira, que é a mais velha de quatro irmãos. Durante o período de adaptação com a ausência de Alexandre, Jéssica e a mãe se viram diante de uma situação financeira difícil, já que a renda do pai supria 90% das necessidades dentro de casa.


Alexandre e a filha Jéssica (Foto: arquivo pessoal)
 
Um seguro de vida, feito 10 meses antes e por muita insistência de Jéssica, foi o suspiro de alívio, pelo menos no que diz respeito quanto às contas da família. “Sem o seguro do meu pai, eu não conseguiria nem enterrá-lo. O dinheiro que recebemos ajudou a pagar todo o funeral e despesas como o inventário, por exemplo. Com o seguro também pude pagar a faculdade da minha irmã, que estava financiada, e ainda complementou a reforma da casa da minha mãe, que passou a fazer marmitas fitness para vender e precisou ampliar a cozinha”, conta Jéssica.
 
Hoje, o seguro de vida para todos na família está incluso nas despesas da casa. “Na época que meu pai fez, não pagávamos nem R$ 100 mensais e foi esse serviço que nos salvou, de certa forma. Meu pai era muito resistente quanto à contratação da apólice. Mas, da mesma forma que fazemos o seguro de carro, sem pensar que vai bater ou ser roubado, precisamos ter o seguro de vida, porque não sabemos o dia de amanhã. Tenho 26 anos e tenho um contrato, não porque possuo patrimônio, mas porque tenho histórico de doenças graves na família. Quero viver com dignidade sem desestruturar o financeiro das pessoas que me cercam”, reforça.


Jéssica e a família (Foto: arquivo pessoal)
 
E é justamente esse pensamento de seguro não ser luxo, mas necessidade, que tem impulsionado o setor em Goiás e no Brasil. De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), o mercado de seguro de vida arrecadou R$ 3,4 bilhões no Estado nos últimos 10 anos, com um crescimento de mais de 380% ao longo desse período. No País, a movimentação foi de mais de R$ 188 bilhões, com um aumento de quase 300% desde 2008.
 
E o setor não para de crescer. De janeiro a julho deste ano, Goiás registrou uma arrecadação de R$ 385 milhões, 31% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando R$ 282 milhões foram movimentados. A porcentagem de crescimento foi maior do que a média nacional, de 14%. Mais de R$ 17,8 bilhões foram arrecadados em todo território nacional nos sete primeiros meses de 2019, enquanto que, no ano passado, o montante chegou a R$ 14,8 bilhões.
 
“Os brasileiros e, claro, os goianos, estão mais preocupados. Com um cenário econômico ainda estagnado e uma previdência falida, as pessoas querem oferecer uma proteção financeira aos seus dependentes. A população está começando a entender que o seguro de vida é importante e estão adicionando esse investimento no planejamento financeiro”, afirma o corretor de seguros e vice-presidente de marketing e relações com o mercado do Sincor-GO, Roney Almeida Macedo, que acredita no potencial crescimento do setor nos próximos meses, principalmente após a reforma da Previdência.
 
O diretor territorial da Mapfre no Centro-Oeste, Edson Tatsuya Shimojo, avalia que o crescimento do setor pode estar associado também ao aumento da oferta qualificada. “A abordagem comercial realizada de forma educativa contribui para a conscientização da necessidade e, consequentemente, para a aquisição do seguro. Além disso, as ofertas de novas coberturas e benefícios em vida têm contribuído para o crescimento deste segmento”.


Diretor territorial da Mapfre no Centro-Oeste, Edson Tatsuya Shimojo (Foto: divulgação)
 
Estima-se que 30% dos brasileiros tenham o seguro de vida - individual ou em grupo -, uma porcentagem abaixo da abrangência do seguro de automóveis, que é a principal carteira de seguros de propriedade e atinge 40% dos brasileiros que possuem carros com até cinco anos de uso. Em contrapartida, desde 2017 o ritmo de crescimento da proteção de vida tem ultrapassado o seguro auto, que em Goiás registrou um crescimento pouco expressivo de 0,73% em 2018, comparado com 2017. No Brasil, essa porcentagem foi de 2,27%. De janeiro a julho deste ano, o serviço teve uma queda de 13% em Goiás e de 10% no País.
 
Interesse aumenta entre os jovens e mais pobres
O perfil das pessoas que buscam por esse tipo de seguro está mudando. Uma pesquisa do Ibope, encomendada pela seguradora Prudential do Brasil, revelou que o interesse na contratação desse serviço está maior entre os jovens e mais pobres. O levantamento ouviu mais de duas mil pessoas de todo país e mostrou que 20% dos entrevistados desejam adquirir um seguro nos próximos 12 meses. Entre os jovens de 16 a 24 anos, onde apenas 12% possuem seguro de vida, 31% demonstraram interesse em adquirir o produto. Já as classes sociais com maior interesse são a C e D/E, que alcançaram o percentual de 21% e 20%, respectivamente, enquanto a classe A/B registrou 18% de interesse na contratação.
 
Márcio Gomes é um dos jovens que entram nesse recorte. Ele acabou de completar 20 anos e já está avaliando qual o melhor seguro que se encaixa no orçamento. “Eu ainda estou na faculdade e trabalho como atendente em um supermercado, onde recebo um salário mínimo. Muita gente revira os olhos quando falo que vou investir nesse produto e acham que é gastar dinheiro à toa. Mas entendo que fazer seguro de vida não é sentença de morte, mas sim uma forma de resguardar a tranquilidade da minha família”, completa o futuro engenheiro elétrico. 
 
Segundo o vice-presidente comercial e regional da Prudential do Brasil, Rodrigo Prosdocimi, o Brasil é um país no qual a cultura do seguro está em evolução, ainda sendo construída e disseminada. “Cada vez mais identificamos o desenvolvimento da cultura da educação financeira, entre públicos distintos como os jovens, classes menos favorecidas, entre outros. São pessoas que começam a despertar para a importância do planejamento financeiro por meio da proteção do seguro de vida diante das adversidades a que todos estão expostos. A saúde é uma grande preocupação para esse público e o seguro de vida pode ser um apoio fundamental”, afirma.

Vice-presidente comercial e regional da Prudential do Brasil, Rodrigo Prosdocimi (Foto: divulgação)
 
Na Prudential do Brasil, por exemplo, os jovens segurados entre 0 e 30 anos já representam 14% da base de clientes da companhia. De acordo com um levantamento do Serasa, jovens entre 18 a 34 anos têm entre as maiores preocupações com o futuro a questão da saúde. “Diante desses cenários, enxergamos que os jovens estão mais conscientes do seu futuro e buscando formas de proteção financeira caso algum imprevisto aconteça e comprometa, inclusive, o lado profissional”, pontua Prosdocimi.
 
Também foi observado na pesquisa encomendada pela Prudential que regiões fora dos grandes centros urbanos e financeiros do país têm aumentado o interesse por esse tipo de proteção. Norte e Centro-Oeste lideram a lista de intenção de compra do produto, com 29%. Em seguida, vem o Nordeste, com 21%. Atualmente, essas posições são ocupadas por Sudeste e Sul, com 20% e 19%, respectivamente. Só 11% dos moradores das regiões Norte e Centro-Oeste têm seguro de vida, enquanto a penetração é de 8% no Nordeste.
 
“Nas últimas décadas observamos a descentralização do setor industrial e expansão de novas fronteiras agrícolas que acabaram por favorecer o crescimento econômico em outros estados, principalmente das regiões Centro-oeste e Norte, elevando o poder de urbanização e novas oportunidades de trabalho. Dentro deste cenário e com um poder maior de consumo, as famílias começam a desenvolver uma conscientização maior sobre a necessidade de proteção e planejamento financeiro diante de imprevistos da vida, tanto para si mesmo como para seus familiares”, completa Rodrigo.
 
Seguro para receber em vida 
Quando falamos em seguro de vida, muita gente ainda associa o produto à morte. Mas o seguro de vida é só um dos produtos do seguro de pessoas, em que grande parte das coberturas são para uso durante a vida. Entre as outras opções estão prêmios pagos em casos de acidentes pessoais, invalidez, seguro de diária por internação hospitalar, seguro prestamista, perda de emprego, doenças graves ou terminais, viagem, entre outros. E o crescente interesse por todas essas modalidades também impulsionaram o setor.
 
O mercado de seguros de pessoas registrou prêmios de R$ 24,5 bilhões nos sete primeiros meses de 2019. O valor, que se refere às contratações de coberturas para riscos pessoais, é 10% superior aos R$ 21,3 bilhões movimentados de janeiro a julho de 2018, segundo dados da Susep. No recorte regional, Goiás também apresentou crescimento nesse período. Em 2019, a movimentação foi de R$ 503 milhões, 22% a mais do que no mesmo período do ano passado, quando o montante movimentado foi de R$ 393 milhões.
 
De acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), que representa 68 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no país, na modalidade de produto, além do seguro de vida, o seguro com proteção para doenças graves ou terminais também apresentou saldo positivo com crescimento de 14,87% e prêmios de R$ 349,88 milhões, nos cinco primeiros meses de 2019 em todo o país. No mesmo período em 2018, os prêmios foram de R$ 343,77 milhões. Nessa modalidade, a maioria das seguradoras incluem mais de 15 tipos de doenças, entre elas o câncer, que é a segunda maior causa de mortes no mundo de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O estudo Globocan 2018, da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC, na sigla em inglês), revela que um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres em todo o mundo desenvolvem câncer durante a vida, e um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres morrem em decorrência da doença.

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), serão registrados, até o final de 2019, 582.590 novos casos da enfermidade, sendo 282.450 em homens e 300.140 em mulheres. Uma das maiores incidências previstas entre as mulheres será o de câncer de mama, uma doença que pegou de surpresa a empresária Lindalva Novaes de Araujo, de 59 anos.

Sempre muito cuidadosa com a saúde, as idas ao médico eram constantes como forma de prevenção. A empresária já tinha histórico de câncer na família e isso a fez fazer um seguro para doenças graves. Durante uma viagem, ela sentiu que algo no seio não ia bem. “Eu percebi que o sutiã começou a incomodar. Quando voltei, fui no ginecologista e ele me encaminhou para o mastologista. Depois de exames como ultrassom e a mamografia, notamos um nódulo. Era câncer”, conta. O diagnóstico foi dado um dia depois do fim da carência para que o seguro pudesse ser utilizado.

Os médicos indicaram a mastectomia, que é a remoção da mama. “Como eu detectei no início, não precisei fazer quimioterapia nem radioterapia, mas precisei tirar uma mama”. E foi aí que o seguro entrou. O plano de saúde cobriu a cirurgia de retirada, mas o implante do silicone foi particular. “Se não fosse o seguro, eu não conseguiria colocar a prótese e digo que para a mulher, isso é importantíssimo para sua autoestima. Eu consegui receber a indenização em 30 dias, lembrando que eu havia feito o seguro três meses antes de tudo isso”, lembra.

O seguro ainda ajudou Lindalva a pagar despesas extras com o pós-cirúrgico. “Eu precisava tomar muitos remédios e injeções, que são caros e não são pagos pelo plano. O dinheiro que recebi contribuiu também para que eu pudesse seguir mais tranquila após a cirurgia”, diz. Hoje, toda a família da empresária tem essa cobertura. “Por mais que a gente seja cuidadosa, não há como prever quando poderemos ter alguma doença. Eu sou sistemática e qualquer dor já vou ao médico. Mas imagine quantas doenças silenciosas acometem a população?! O seguro é uma ajuda importantíssima em momentos difíceis”, conclui Lindalva.
 
É importante ressaltar que no caso do seguro para câncer ou algumas doenças graves, a indenização não é de 100% do valor da cobertura. A seguradora adianta 50% do valor para o tratamento da enfermidade e se o cliente falecer, o restante é pago para a família.
 
Segundo o presidente da FenaPrevi, Jorge Nasser, os seguros de pessoas são instrumentos importantes de proteção social. “Eles garantem e preservam as conquistas financeiras e materiais das famílias e dos indivíduos. Ainda têm baixa penetração no Brasil, mas diversas modalidades de seguros já somam um mercado de mais de R$ 40 bilhões no país”.
 
Outras modalidades do seguro de pessoas também apresentaram crescimento, como o seguro prestamista, que cobre o pagamento de parcelas realizadas em compras a prazo, no caso de morte ou invalidez do segurado. O aumento nos cinco primeiros meses deste ano comparados ao mesmo período do ano passado foi de 24,55%. O seguro viagem também apresentou saldo positivo de 19,09%, segundo a FenaPrevi.

O seguro auxílio funeral esteve entre as modalidades mais contratadas. Com isso, apresentou crescimento nominal positivo de 10,75%. O seguro de acidentes pessoais, que oferece coberturas em caso de morte e invalidez permanente (total ou parcial) e outros riscos causados por acidentes involuntários, provocando lesões físicas ou até mesmo falecimento, registrou crescimento de 9,05%.
 

A seguradora Porto Seguro tem investido no mercado e, recentemente, passou a aceitar clientes com idades mais avançadas, até 70 anos, e a fornecer um pacote mais amplo de coberturas para doenças graves e procedimentos médicos. “Agora são 17 doenças e procedimentos amparados pelo seguro, como por exemplo: câncer, paralisia de membros, esclerose múltipla, Alzheimer, Parkinson, dentre outros, sendo que só de transplantes são 11 tipos, tornando o produto um seguro ainda mais completo. Desta maneira, o cliente pode custear o tratamento, pagar suas contas ou fazer o que quiser com os recursos recebidos nessas situações. E os valores contratados para as demais coberturas continuam vigentes”, explica a diretora de Vida, Previdência e Investimentos da Porto Seguro, Fernanda Pasquarelli.

Outra novidade adicionada ao seguro de pessoas foi o acréscimo de 39 novas profissões na cobertura de Diárias por Incapacidade Temporária (DIT), em que o cliente consegue repor sua perda financeira em caso de afastamento do trabalho por doença ou acidente. Agora são 250 profissões aceitas no total, incluindo o Microempreendedor Individual. Os valores das diárias podem chegar até o limite de R$ 39 mil por mês. A quantidade de diárias para casos de afastamento em consequência de doenças por esforço repetitivo como LER e Dort, aumentou de 60 para 90 dias.

Como funciona?
Assim como os seguros de carro ou de imóveis, por exemplo, que oferecem indenizações caso um imprevisto aconteça com esses bens, o seguro de pessoas segue no mesmo formato com a finalidade de proteger financeiramente a si mesmo e familiares. As seguradoras estabelecem um período de carência para a solicitação de indenizações, que varia de empresa para empresa. Geralmente, a seguradora realiza uma análise prévia de cada cliente para entender sobre o histórico de saúde, hábitos, profissão, esportes de risco e histórico familiar.
 
Segundo o diretor de comunicação do Sincor Goiás, Hailton Costa, o interessado deve contratar um seguro o mais cedo possível, já que uma análise da saúde do segurado é feita antes da aprovação do contrato. Inclusive, assim ele conseguirá melhores taxas. Em todos as apólices, o cliente preenche uma ficha sobre sua saúde. Diante dessas informações, a seguradora pode aceitar ou negar o risco. Dependendo do capital que o interessado quer contratar, a empresa pode pedir uma série de exames.


Diretor de comunicação do Sincor Goiás, Hailton Costa (Foto: divulgação)
 
Além de todas as modalidade já citadas, as empresas oferecem a opção resgatável do seguro de vida. Em algumas seguradoras, o dinheiro do segurado é aplicado em um fundo de investimento. O excedentes financeiros serão repassados para o cliente de acordo com a rentabilidade do fundo. Caso o cliente decida cancelar o contrato, a seguradora repassa uma parte do dinheiro pago. O limite do resgate está diretamente ligado à reserva acumulada, conforme o regramento de cada seguradora e estará contido nas condições gerais da apólice. Algumas seguradoras ainda oferecem sorteios mensais pela Loteria Federal.
 
E essa modalidade é um dos principais produtos de seguro de pessoas da empresa Mapfre. O seguro Vida Resgatável Bien Vivir que tem uma proteção opcional para invalidez permanente total ou parcial por acidente e uma cobertura adicional que garante a antecipação de 50% do capital segurado paga em vida no caso de doenças terminais. Outra característica é o nivelamento de prêmios, ou seja, o cliente paga um valor constante ao longo do tempo. Isso evita que o segurado tenha surpresas com reenquadramento de valores e facilita o planejamento financeiro. “Esse seguro permite a possibilidade do cliente fazer uma poupança, ao mesmo tempo em que protege a sua família. Essa percepção de benefício em vida é muito positiva para o cliente”, explica Edson Tatsuya.

Ainda existe o seguro coletivo, que as empresas oferecem para os funcionários. A modalidade também registrou expansão no Brasil de 4,4%, movimentando R$ 5,8 bilhões, de janeiro a maio deste ano. Segundo Hailton, muitas empresas utilizam o benefício como atrativo para funcionários, que precisam se atentar as coberturas. “O empregado deve ler o contrato e conhecer quais são os benefícios garantidos no seguro. Caso o plano não atenda o cliente, ele pode fazer um outro seguro de vida como complemento”, afirma.

Preço
Apesar do crescimento registrado em todos os produtos, o interesse da população esbarra em um mito, segundo o corretor Roney Almeida. “Muita gente acha que o seguro de pessoas é caro e mesmo sem fazer uma cotação ou procurar um corretor, alguns nem chegam a pensar nessa proteção. Mas isso é correr risco”.

A superintendente da Mongeral Aegon em Goiás, Ethienne Araújo, afirma que é possível contratar um seguro de vida a partir de R$ 50 e que a companhia tem capitais segurados, ou seja, valores de proteção de até R$ 25 milhões. “Nós trabalhamos com a consultoria personalizada. Ou seja, nossos corretores parceiros analisam o perfil e as necessidades do cliente e, a partir daí, oferecem as melhores soluções. O valor vai depender do que o plano desse segurado inclui”, enfatiza.

O vice-presidente comercial e regional da Prudential do Brasil reforça que é preciso que o cliente peça explicação relacionada às particularidades de cada produto oferecido pelo corretor, evitando limitar essa comparação apenas a preços. “Muitas vezes, as garantias não são exatamente comparáveis e podem oferecer benefícios que farão toda a diferença quando o cliente ou sua família precisar. O valor agregado do produto, e que atenda às necessidades do cliente, deve pesar na escolha”, ressalta Rodrigo.

Ele frisa que é preciso prestar atenção, ler atentamente as condições gerais ou regulamento do seguro a ser contratado, observando coberturas e exclusões, direitos e obrigações, do cliente e da seguradora. “Desta forma, percebe-se que não é necessário contratar todas as modalidades/coberturas e, sim, apenas aquelas que se encaixam no seu perfil e necessidades de proteção ao longo da vida”.

É importante que o plano se adeque ao planejamento financeiro da família. O empresário Gustavo Gayer Machado de Araújo tem várias modalidades do seguro de pessoas, incluindo de doenças graves, invalidez, incapacidade e o de vida, há mais de dez anos e a cada ano ele aumenta o valor da apólice. “Vou analisando a minha situação financeira. Se eu consigo crescer um pouco no ano, eu invisto mais nesse serviço”, diz.


Gustavo Gayer Machado de Araújo (Foto: arquivo pessoal)
 
Casado e pai de dois filhos, o empresário também possui previdência privada tanto pra ele quanto para toda a família. Ele destina 20% da renda para pagar essas coberturas e avalia que são caminhos para investir o dinheiro. “São medidas preventivas que vão resguardar meu futuro e da minha família. Mesmo que num primeiro momento a apólice seja simples é importante destinar uma parte do que você recebe para isso”, afirma Gustavo que desenvolveu esse pensamento com a mãe a avó materna, que tinham seguro de vida.
 
Gustavo perdeu a mãe há 13 anos e depois perdeu a avó. “Estávamos bem apertados nesses dois momentos e o seguro ajudou a pagar funeral e inventário das duas. Isso tudo facilita o processo em um momento de dor. Seriam preocupações a mais e, claro, mais dificuldades. Por isso que não abro mão desse serviço. Graças a ele, eu e meus irmãos conseguimos quitar dívidas e seguir com as nossas vidas”, completa o empresário.
 
Papel do corretor
 O primeiro passo na contratação de qualquer seguro é acionar um corretor de seguros, de forma que ele possa ajudar a identificar as necessidades de proteção e selecionar o produto mais adequado para o momento de vida do cliente, contando com eventuais alterações ou adequações futuras. É ele que fará uma pesquisa de mercado comparando preços e coberturas.
 
Atualmente, para operar no mercado, o corretor precisa passar por um curso de dez meses na Escola Nacional de Seguros e, após receber o certificado, ele é autorizado pela Susep a trabalhar no mercado. Quando o assunto é a perda de alguém, o corretor vai além. Ele precisa de conhecimento técnico para ajudar o cliente e conduzir o processo de regulação do sinistro. “Em um momento de dor, é característica importante do profissional a empatia e o conhecimento do ser humano. A relação envolve compaixão e não apenas de cliente. Nós temos um roteiro, mas cada situação é tratada em sua individualidade e com total respeito. Nós somos capacitados para entender do produto e principalmente de quem utiliza”, finaliza Hailton.
 

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