A Redação
Goiânia - O Governo do Estado vai instalar um total de 17 policlínicas em cidades do interior do Estado, com o objetivo de descentralizar o atendimento médico e melhorar a qualidade dos serviços de saúde prestados ao cidadão. A primeira unidade será inaugurada em Posse, no dia 1º de julho. Foi o que anunciou o governador Ronaldo Caiado nesta sexta-feira, 14, durante entrevista concedida no programa O Mundo em sua Casa da Rádio Brasil Central AM e RBC FM.
O programa é apresentado por Gil Bonfim e Alcione Alves. Esta edição contou com a participação, como convidado, do psicólogo e mestre em Antropologia, Jorge Monteiro de Lima. O psicólogo formulou duas perguntas ao governador: sobre as perspectivas para a área de saúde do Estado e o que fazer para combater a alta incidência de suicídios.
Sobre a política pública na área de saúde, o governador falou a respeito do projeto da implantação das policlínicas, estruturas que terão 12 especialidades médicas, e que vão atender os pacientes nos casos mais simples e, encaminhá-los, naqueles casos de maior complexidade. Depois de Posse, serão inauguradas as unidades de Santa Terezinha de Goiás e de Goianésia.
Suicídios
Sobre a alta incidência de suicídios na população, Caiado disse que já tratou do tema com o presidente da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, entidade com a qual o Governo pretende firmar convênio. Ele creditou o aumento da quantidade de suicidas também à alta do desemprego e à crise econômica. Disse que o propósito é ampliar o número de consultas em ambulatórios, mas que o projeto está sendo formatado.
O jornalista e editor do Blog Nós Opinando, Cloves Reges, abordou a aprovação, pelo governo anterior, das emendas à Constituição Estadual de números 54 e 55 que retiraram o pagamento dos pensionistas e do Imposto de Renda do cálculo da receita corrente líquida do Governo do Estado, para efeito de cálculo do limite que é permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para gastos com pessoal.
Admitindo que esta era uma questão técnica, o governador Caiado apontou a manobra e contou que, tão logo assumiu e ao defrontar-se com os dados fiscais do Estado, solicitou à Assembleia Legislativa que decretasse em Goiás estado de calamidade financeira. Essas duas emendas também são matéria de ação direta de inconstitucionalidade (Adin) que deve ser analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Sobre a possibilidade de mudar o cenário de calamidade financeira de Goiás, pergunta formulada pelo sociólogo Lhniguer Costa, o governador citou frase dita pelo ministro Paulo Guedes, de que “Caiado está respirando pelo canudinho” para exemplificar a situação fiscal que tem enfrentado no Estado. “Cortamos incentivos fiscais, reduzimos os gastos do governo em 20%”, disse.
Caiado lembrou que governo federal precisa destravar (a economia). Conforme ele, União e governo federal são abstratos, pois os prestadores de serviços (aos cidadãos) são os Estados e municípios, e estes precisam urgentemente de suporte. A respeito da Reforma da Previdência, defendeu que os governadores devem receber a prerrogativa, dentro de dispositivos constitucionais e, por decreto, assumir a responsabilidade de implantar nos Estados as mudanças previdenciárias que forem necessárias.