José Abrão
Goiânia – A nova versão de Branca de Neve, que estreou na semana passada, teria decepcionado nas bilheteiras e acendido um alerta na Disney. Segundo o Box Office Mojo, que compila dados de bilheteira, o filme teria arrecadado globalmente até agora US$ 87,3 milhões, abaixo das expectativas do estúdio, que investiu US$ 270 milhões na produção e esperava bater os US$ 100 milhões.
Outro motivo de preocupação é que a estreia foi fraca fora dos EUA, principalmente em grandes mercados como a China. Por lá, o filme nem entrou no top 5 do fim de semana, arrecadando menos de US$ 1 milhão em três dias.
Além disso, a produção decepcionou a crítica. No Rotten Tomatoes, site que compila as notas dadas aos filmes tanto pelos críticos quanto pela audiência, o longa está com uma avaliação de 42% da crítica (quanto mais perto de 100%, melhor), com base em 210 resenhas. Já o aval do público está em 74%, com mais de 1.000 avaliações.
Especula-se nos bastidores que o mau desempenho do filme, assim como de outras estreias recentes, como Mufasa (2024), teria acendido um alerta no estúdio em relação aos remakes em andamento: o ainda não anunciado Pocahontas supostamente teria sido engavetado por ser muito arriscado.
A aposta agora fica para o próximo remake: Lilo & Stitch, que estreia no Brasil no dia 22 de maio.
Polêmicas
Várias controvérsias ao redor do filme, antes mesmo do seu lançamento, podem ter prejudicado a sua estreia. Uma delas foi a escolha da atriz Rachel Zegler para o papel principal em oposição à atriz Gal Gadot, famosa por Mulher Maravilha, como a Rainha Má. Desde que o elenco foi anunciado, as redes sociais foram tomadas por discussões de fãs que consideram Gadot "mais bonita" do que Zegler.
Mas não para por aí: Zegler, que tem ascendência colombiana, sofreu ataques racistas, ao passo que Gadot, que é israelense e apoia publicamente o governo Netanyahu, também foi atacada por seu posicionamento.
Além disso, houve a escolha da Disney por remover “…e os Sete Anões” do título e optar por adotar anões feitos por computação gráfica (CGI) e não por um elenco de pessoas pequenas, o que rendeu duras críticas do premiado ator Peter Dinklage, de Game of Thrones.
Leia mais
Cine Cultura exibe a mostra “Ao Centro-Oeste” dedicada a Chantal Akerman