A Redação
Goiânia – Na próxima quarta-feira (27/11), às 14h, na Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (Emac/UFG), a dramaturga e pesquisadora Takaiuna, fundadora da Escola Latino-americana de Dramaturgias Emergentes e do Coletivo Justina, junto com mais dez autoras independentes, estarão lançando a obra bibliográfica “Coletânea de Dramaturgas Goianas”. O evento integra a programação do Festival Universitário de Teatro – FUGA 17 e conta com recursos da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal, operacionalizada pelo Governo de Goiás por meio da Secretaria de Estado da Cultura, através do edital nº15/2023 - Ações Formativas em Goiás.
O livro reúne dez dramaturgias inéditas, escritas por mulheres residentes no estado de Goiás, que participaram do primeiro ciclo de formação da Escola Latino-americana de Dramaturgias Emergentes, ocorrido entre março e julho de 2024, com a presença de professoras como a mexicana Fernanda Del Monte Martínez, as equatorianas Bernarda Salas e Elizabeth Valéria, do Colectivo Escénico Multidisciplinar BerVal, a boliviana Claudia Eid Asbún, além da brasileira Clarice Costa e da própria Takaiuna.
Durante a formação para novas dramaturgas, foram tratados temas como a análise de textos dramáticos; corpos e personagens femininas em cena; narrativas para crianças, além das próprias dramaturgias emergentes.
Metodologia reconhecida pelo Banco de Saberes Iberoamericano
A dramaturga e atriz Takaiúna foi quem coordenou esse projeto e segundo a artista, Goiás entra para a história do teatro brasileiro como sendo o território onde é criada a primeira escola de dramaturgas. “A escola é voltada para o processo de formação de mulheres, artistas da cena, que desejam contar suas próprias histórias”, comenta a idealizadora, que também explica o que envolve o que ela chama de “Dramaturgias Emergentes”, uma metodologia criada por ela própria, que vem pesquisando dramaturgias de base comunitária desde 2017:
“Pesquisando o teatro e a escrita para a cena em ambientes de formação comunitária, eu pude criar um método de escrita e de interpretação que eu chamo de Dramaturgias Emergentes. Em 2022 esta metodologia foi reconhecida como tecnologia social pelo Banco de Saberes Iberoamericano, que através de projetos específicos une memória, patrimônio museológico, memória social, ação cultural comunitária e migrações. Então, essa Escola de Dramaturgas, em Goiás, é fruto do desenvolvimento dessa metodologia de trabalho já realizada através de oficinas e cursos em vários locais no estado de Goiás, mas também nos estados do Ceará, Minas Gerais, Pará, Maranhão e em países como o México, Bolívia, Argentina e Equador.”
Para esta primeira turma de participantes foram ofertadas 60 horas aulas, divididas em cinco minicursos.
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