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Educação

Pianista desenvolve sistema de ensino de música para escolas públicas

Aplicação começa este ano em Jaguariúna (SP) | 04.02.21 - 11:20 Pianista desenvolve sistema de ensino de música para escolas públicas (Foto: Divulgação)

Raphaela Ferro
 
Goiânia - Música no contraturno escolar como ferramenta para o desenvolvimento infanto-juvenil. Essa é a proposta da pianista Juliana D’Agostini para escolas públicas de ensino fundamental. O projeto, estruturado durante o ano de 2020, em parceria com pedagogos, psicólogos e músicos, começa a se tornar realidade ainda no primeiro semestre deste ano, na cidade de Jaguariúna, no interior de São Paulo. A intenção é de expandir para outros municípios e estados brasileiros.
 
Juliana conta que a formulação do sistema de ensino de música em periferias levou em consideração a criação de uma proposta compatível com a realidade do País. Para tanto, foram adotados ritmos brasileiros e músicas de compositores locais como referências para os cinco anos de curso. “Além de conhecerem nossa cultura, essas crianças vão formar grupos musicais e performar nossas músicas”, enfatiza. 
 
A ideia, segundo ela, é que os grupos possam ser criados inclusive à distância, com concertos que envolvam estudantes de sedes diferentes do curso. O caminho para chegar lá, agora, passa pela negociação de inserção do sistema feita com gestores públicos. “Vamos colocar no país inteiro. Estamos conversando com diversos estados”. Ela afirma que há demanda e interesse, mas, por enquanto, o sistema só entrará em execução em Jaguariúna, onde não alcançará a rede toda de imediato. "Como estamos no começo, vamos entrar com o primeiro módulo. São 10 módulos no total. Conforme o projeto for crescendo, vamos atender mais crianças".
 
Origem
A ideia de criar um sistema de ensino de música para crianças em periferias surgiu, para Juliana D’Agostini, da própria experiência. Pianista desde os cinco anos, com passagens por escolas que são referências internacionais na área, ela afirma que sentia falta de conseguir trabalhar no Brasil. Quando seu filho nasceu, há quatro anos, os projetos com crianças também começaram a florescer, a partir do contato com o universo infantil. “Eu percebi que a música no contraturno escolar é uma ferramenta muito importante de transformação social”, considera. 
 
Já há cerca de dois anos, ela visita escolas públicas de São Paulo onde toca música clássica para crianças e adolescentes. Dos primeiros projetos na periferia até a criação do sistema de ensino de música, a artista desenvolveu habilidades e criou um instituto que leva seu nome para possibilitar a administração burocrática da proposta, em sua relação com a gestão dos recursos públicos, principalmente. 
 
Sistema de ensino
De acordo com Juliana, o sistema de ensino de seu instituto foi criado com o intuito de democratização do acesso à música e à educação musical. Ela explica que é possível que cada município escolha os instrumentos que serão ensinados - teclas, flauta doce, percussão, com opções também de musicoterapia e música para surdos. As crianças matriculadas para aprender a tocá-los também são incluídas em aulas de Corpo e Movimento e de História dos Ritmos Brasileiros. “O que é legal é que a criança aprende sem perceber que está aprendendo. É riquíssimo para a formação do cérebro infantil”, avalia. 
 
Para a aplicação da proposta, quando feito o acordo com o Estado ou com o município, o Instituto Cultural Juliana D’Agostini viabiliza a criação das salas de aula com instrumentos e o treinamento para professores que são contratados localmente. “Tem todo o processo de entrevistar professores, qualificá-los e de nossos autores os ensinarem como devem aplicar o curso”. A expectativa dela é que novos acordos sejam feitos para que esse processo se desenvolva até a normalização das atividades presenciais em momento pós-pandêmico. 
 

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