O presidente do Conselho do JCSP, Marcelo Mota falou sobre a alegria de celebrar esse momento com os sócios do Jockey. “Cento e cinquenta anos, a nível de Brasil, é algo muito forte. Quem chega a 150 anos não é por fracasso, é uma história de muito sucesso. Os sócios estão maravilhados em ver onde nosso clube chegou, e a sociedade também, porque a cidade, os visitantes, todos gostam do Jockey”, destacou.
Ao longo de um século e meio, o clube foi palco de grandes momentos do turfe, eventos sociais e transformações urbanísticas que moldaram a cidade de São Paulo. Inicialmente sediado no Hipódromo da Mooca, e depois diante da necessidade de ampliação, levou o clube à construção do atual do hipódromo na Cidade Jardim, inaugurado em 25 de janeiro de 1941. O projeto arquitetônico do complexo, assinado por Elisiário Bahiana e posteriormente remodelado por Henri Sajous, consolidou-se como o maior conjunto Art Déco do mundo, um feito que rendeu reconhecimento internacional.
A importância desse acervo arquitetônico motivou a atual gestão a investir no programa de restauro, conduzido pela Elysium Sociedade Cultural, instituição responsável pela preservação do patrimônio histórico do Jockey. “O Jockey Club tem o maior acervo de Art Déco do mundo. Não estamos falando de uma casa ou um apartamento, mas de um conjunto de prédios e pátios, todos nesse estilo arquitetônico. A Elysium vem restaurando isso, e foi até objeto de um artigo na França, que é o berço do Art Déco. É um patrimônio não só para os sócios, mas para toda a cidade”, destaca Mota.
O restauro já contemplou a arquibancada principal, a Tribuna 1, o pátio de pedras portuguesas e diversos elementos estruturais do hipódromo. A iniciativa tem sido amplamente reconhecida e deve ser documentada em um livro, editado pela Elysium, que mostrará a grandiosidade do projeto.
Além do impacto cultural, o Jockey Club de São Paulo mantém sua relevância no cenário esportivo. Com 1,4 mil cavalos puro-sangue inglês em atividade, o clube realiza competições semanais em suas pistas de grama e areia. O Grande Prêmio São Paulo, principal prova do calendário, segue atraindo competidores de toda a América do Sul.
Para Mota, a celebração dos 150 anos reforça a importância de preservar a tradição, mas sem perder de vista a necessidade de modernização. “O clube vem mudando ao longo dos anos e nós estamos trabalhando para manter a sua grandiosidade. O restauro e a modernização são passos fundamentais para garantir que o Jockey continue sendo um espaço icônico para São Paulo”.
O presidente do Conselho encerra com uma mensagem aos sócios e à cidade: “Esse é um momento de felicidade para todos nós. Celebramos 150 anos de história, tradição e um patrimônio único. Convido a todos para olharmos juntos para o futuro, pois muitas coisas boas ainda estão por vir”, celebrou.