Carolina Pessoni
Goiânia - Em Goiânia, o antigo e o novo se entrelaçam na região central da cidade, formando um mosaico urbano único. Enquanto prédios imponentes se destacam pela grandiosidade, casarões históricos e monumentos contam as histórias que moldaram a cidade. É nesse encontro entre passado e presente que reside a alma da capital do estado.
Mesmo com as férias chegando ao fim, ainda é possível aproveitar um pouco das atrações do Centro para conhecer mais sobre a história da cidade e também se divertir. Confira uma lista preparada especialmente pelo A Redação com dicas para aproveitar os dias de descanso.
1. Palácio das Esmeraldas
Um dos mais importantes edifícios da cidade, o Palácio das Esmeraldas é a casa do chefe do Executivo estadual e sede do Governo do Estado. Ele está localizado no coração da capital, a Praça Cívica, que é considerada o marco zero da construção de Goiânia.
(Foto: Arquivo/A Redação)
O prédio foi projetado pelo urbanista Atílio Corrêa Lima, que também elaborou o traçado da nova capital, e foi construído entre os anos de 1933 e 1937, sendo 23 de março a data oficial de sua inauguração. O palácio se tornou um dos grandes monumentos do estilo art déco em Goiânia.
2. Mutirama
Inaugurado em 1969, o parque nasceu da ideia do ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende, após uma viagem à Orlando (EUA), onde conheceu os parques temáticos do local. O projeto foi do arquiteto Eurico Godoi e construção teve Wilson Honorato como engenheiro.
(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
As primeiras pessoas a frequentarem o Mutirama foram os operários ou filhos dos trabalhadores da obra do parque, que viveram a experiência antes da inauguração oficial para o público. Há 55 anos o local cumpre seu propósito e figura na memória afetiva dos goianos, moradores ou não da capital, de todas as idades.
3. Bosque dos Buritis
O parque mais antigo da cidade foi proposto no planejamento original de Goiânia, de 1933, com uma área de 40 hectares. Atualmente o parque possui aproximadamente 141.500 m² de muita beleza e com passeio pavimentado em todo o seu contorno, atrai os praticantes de caminhadas e corridas.
(Foto: Hely Júnior/A Redação)
No parque, está localizado o Centro Livre de Artes, que oferece aulas de artes, música e dança gratuitamente, e o Museu de Arte de Goiânia. No lago principal do bosque fica uma fonte que chega a atingir 50 metros de altura, que é a maior da América do Sul. Chama atenção ainda o Monumento à Paz Mundial, uma obra de autoria do artista plástico Siron Franco, que celebra a possibilidade de união de todos os povos em torno de um projeto de paz.
4. Mercado da 74
Também conhecido como Mercado Popular, um dos pontos mais tradicionais do Centro de Goiânia abriga cultura, gastronomia e comércio há 72 anos. O local reúne comércios de produtos diversos, além de bares e restaurantes tradicionais.
(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
Em 2007 começaram a ser realizados eventos culturais na área interna do mercado, com o intuito de tornar o local um ponto turístico de Goiânia. A partir de então, em todas as sextas-feiras passaram a ser realizadas apresentações culturais no espaço. Em 2022, o nome oficial do espaço passou a ser "Centro Cultural Mercado Popular da 74 Marília Mendonça", em homenagem à cantora que morreu vítima de acidente aéreo.
5. Planetário
Na Avenida Contorno, ao lado do Parque Mutirama, está o Planetário Juan Bernardino Marques Barrio, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Inaugurado em 23 de outubro de 1970, o local promove atividades educativas de extensão, com o auxílio de recursos técnicos audiovisuais.
(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
Em sua cúpula de 12,5 metros de diâmetro, são projetadas imagens do sistema solar que contam histórias diversas sobre o espaço. O projetor Zeiss Spacemaster, situado ao centro da sala de projeções, é o mais antigo em funcionamento no Brasil e foi o terceiro a ser inaugurado no país.
6. Museu da Imagem e Som (MIS)
Localizado no Centro Cultural Marietta Telles Machado, na Praça Cívica, foi criado em outubro de 1988 com o objetivo de reunir, preservar, produzir e divulgar as formas de expressão histórica, artística e cultural do Estado registradas por meio de recursos audiovisuais. O acervo do museu é composto por coleções de discos, fitas cassete, fitas magnéticas de áudio e de vídeo, filmes, documentos fotográficos, textuais e bibliográficos.
(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
São mais de 200 mil documentos de diversos tipos que contam a história do nosso Estado e de nossa cidade. Entre eles, cerca de 140 mil documentos fotográficos, entre fotografias e negativos; 30 mil documentos sonoros em discos e fitas; 30 mil documentos videográficos; em torno de 6 mil documentos pessoais, como cartas e diários; além de uma biblioteca especializada em assuntos audiovisuais com aproximadamente 6 mil exemplares.
7. Mercado Central
Localizado na Rua 3, no Centro, é um dos pontos mais tradicionais da cidade. Lá é possível encontrar produtos tradicionais da culinária e da cultura do Estado e ainda saborear os tradicionais salgados das lanchonetes locais.
(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
Sua sede definitiva, onde está até hoje, foi inaugurada no dia 24 de outubro de 1987. Com área construída de 6.787 metros quadrados divididos em três pavimentos, o mercado foi inaugurado com a finalidade de abastecimento de alimentos. Seja pela qualidade e sabor dos queijos, farinhas, pela tradição do artesanato ou pela amizade construída entre comerciantes e clientes, o local ainda é um ponto de encontro tradicional em Goiânia.
8. Gibiteca Jorge Braga
Inaugurada em setembro de 1994, a Gibiteca funciona em uma sala do Centro Cultural Marietta Telles Machado. Em vez de telas frias e botões piscantes, a Gibiteca oferece, de forma democrática, um universo acolhedor repleto de livros e gibis.
(Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
A Gibiteca conta com um acervo de mais de 6 mil gibis e 11 mil livros, dentre eles, alguns raros, como a coleção Tex, que é muito procurada por adultos. Clássicos como Recruta Zero, Mafalda e Tin Tin dividem as prateleiras com Turma da Mônica e Disney.
O local também tem possui acervo de autores goianos. Christie Queiroz, autor da Turma do Cabeça Oca, João Luiz Brito Oliveira - conhecido como Britvs -, criador do Katteca, e, claro, Jorge Braga figuram entre o acervo com livros e quadrinhos de seus personagens tão conhecidos pela população do Estado.