A iniciativa teve apoio financeiro das empresas MRS Logística, CSN e XP Inc, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e ofereceu gratuitamente conteúdos teóricos e práticos, sobre técnicas utilizadas em restauro como levantamento e diagnóstico arquitetônico, prospecção estratigráfica, além de educação patrimonial, história da arte e outras disciplinas.
“Além do conhecimento técnico, o curso tem desempenhado um papel fundamental ao divulgar todo o rico legado do Jockey Club – sua história, beleza e tradição – para jovens que antes sequer conheciam sua existência. Nos depoimentos, ficou evidente como os alunos se apaixonaram por esse espaço e, para nós, essa valorização é tudo”, avalia o presidente do Conselho de Administração do Jockey Club, Marcelo Artur Motta Ramos Marques.
Para o diretor técnico da Elysium Sociedade Cultural, Wolney Unes, esta quarta edição fortaleceu ainda mais o Ateliê Artes de Ofício, que já tem uma nova turma programada para 2025. A próxima edição será realizada em parceria com a Fundação CSN, com aulas voltadas para os moradores de Heliópolis. “É gratificante testemunhar como o curso transformou a percepção dos alunos sobre o Jockey Club. Essa iniciativa tem o poder de despertar na nova geração um interesse pelos contextos históricos e artísticos do patrimônio”, destaca.
Turma
Uma das coordenadoras do curso e arquiteta do projeto de Restauro, Jéssica Marques, elogiou a dedicação dos jovens. “Essa turma foi surpreendente. Eles iam além do que era pedido, dedicando fins de semana inteiros às atividades. A criatividade e o empenho foram inspiradores. O projeto final, um jogo chamado 'Trunfo do Mobiliário', foi resultado desse esforço coletivo e exemplifica a capacidade deles de transformar ideias em algo concreto e significativo", considera.
O professor Victor Massao Verard Hiarita destaca que, com a quarta turma, também é possível observar a evolução da equipe responsável pelo curso. “Estou muito satisfeito com os resultados alcançados. Estamos constantemente aprimorando nossas práticas para oferecer a melhor qualificação possível. Juntos, realizamos projetos complexos e, de modo geral, realizamos um trabalho bem feito”, afirma.
Julia Pedroso Marcon, recém-graduada em Moda e Têxtil relatou seu impacto pessoal com o curso: “Eu me apaixonei pelo Jockey assim que entrei. Primeiro, pela imponência do prédio; depois, pelo aprofundamento no restauro do mobiliário e na história do local. Além disso, a convivência no curso foi única. Não tive essa experiência nem na universidade. Aqui, formamos laços que levaremos para a vida toda.”
Sua colega, Vitória Leonardo, formada em Artes Visuais e especialista em Museologia, também ressaltou a relevância da experiência: “Sempre foi difícil encontrar cursos acessíveis na área de restauro, e essa foi uma oportunidade única. Os professores ampliaram nosso repertório, e o contato com o mobiliário e outras materialidades foi extremamente enriquecedor.”