Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
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Carolina Pessoni
Goiânia - Entre as construções que marcam a região central de Goiânia, uma delas guarda uma das histórias mais transformadoras da saúde pública em Goiás: a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM-UFG). Fundada em 24 de abril de 1960, ela nasceu antes mesmo da criação da própria UFG, que só seria oficializada em dezembro daquele mesmo ano.
A idealização da faculdade foi movida por um sonho: garantir a formação de médicos goianos, num tempo em que os jovens interessados na Medicina precisavam se deslocar para longe, ao Rio de Janeiro ou a São Paulo. O médico Francisco Ludovico de Almeida Neto, o "Chico", como era carinhosamente chamado, liderou esse movimento.
Recém-formado pela Faculdade Nacional de Medicina, ele voltou para Goiás determinado a mudar a realidade do Estado: queria um médico em cada município. O apoio político foi decisivo. Em uma visita a Goiânia, o então presidente Juscelino Kubitschek ouviu pessoalmente de Chico a proposta e, sem hesitar, deu aval ao projeto: “Chico, você fica responsável pela faculdade de medicina de Goiás. Arrume todos os papéis e o que depender de mim será feito.”
Busto do médico que fundou a Faculdade de Medicina, Francisco Ludovico de Almeida Neto (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
A partir daí, a articulação se acelerou: o Estado doou a área onde antes funcionava um quartel do Exército e depois a Escola de Engenharia. Ali mesmo foram construídos os dois primeiros prédios da faculdade, hoje tombados como patrimônio histórico, dando origem também ao Hospital das Clínicas.
Os desafios foram muitos. Não havia médicos suficientes em Goiânia para compor o corpo docente e nem estrutura física adequada para o funcionamento. “O início foi marcado por uma enorme dificuldade, mas também por uma determinação inabalável”, destaca o professor Waldemar Naves do Amaral, atual diretor da FM-UFG.
“O professor Francisco Ludovico chegou a bancar do próprio bolso parte dos professores, porque acreditava que aquele projeto mudaria a história de Goiás, e de fato mudou”, completa. Para suprir as lacunas, vieram docentes de fora: o italiano Enzo Nesci, o mineiro Raul Conde e o espanhol Javier Puig Serra, entre outros.
Escultura de Asclepliós - deus grego da medicina e da cura - está junto ao Juramento de Hipócrates e embelezam o hall de entrada do Teatro da faculdade (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
De lá para cá, são 65 anos de uma trajetória marcada pela excelência e inovação. Por quase quatro décadas, a FM-UFG foi a única faculdade de medicina do Estado, sendo responsável por formar cerca de seis mil médicos, com uma média atual de 110 novos alunos por ano e 680 estudantes ativos na graduação.
“Nossa excelência se deve ao corpo docente qualificado, à grade curricular moderna e ao ambiente hospitalar de prática, com o maior hospital universitário da América Latina, o Hospital das Clínicas da UFG”, afirma Waldemar. Além disso, a instituição abriga o maior programa de pós-graduação em Ciências da Saúde do Brasil, com 550 alunos, e mais de 300 médicos em cursos de residência e especialização.
Laboratórios de simulação realística asseguram mais qualidade de ensino (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
O professor Waldemar também destaca a importância da estrutura prática e do modelo pedagógico adotado pela FM-UFG. “Aqui o aluno aprende não só na sala de aula, mas principalmente à beira-leito, no contato direto com os pacientes, além do apoio de simuladores de última geração. Isso faz toda a diferença na formação médica de excelência que oferecemos”, explica. Hoje, são 35 programas de residência médica, abrangendo praticamente todas as especialidades, formando médicos altamente capacitados para atuar em Goiás e em todo o país.
Desde sua fundação, a missão da FM-UFG tem sido clara: formar médicos comprometidos com a ética, a ciência e a comunidade, e a influência exercida vai muito além dos seus muros. A instituição moldou o perfil da saúde pública em Goiás e segue como referência para o ensino médico nacional. “Todos os diretores que passaram por aqui deixaram um legado importante. A Faculdade de Medicina da UFG é guardiã do conhecimento médico no Estado e contribui diretamente para a melhoria da saúde pública, sendo retaguarda e referência para a prática médica”, conclui Waldemar.