José Cácio Júnior
Apesar de nenhum banco ter participado do pregão eletrônico nesta quinta-feira (27/7) para prestar serviços bancários ao Estado, inclusive o gerenciamento da folha dos funcionários, o governo do Estado pagará o salário de julho dos servidores estaduais de forma integral.
O pagamento integral da folha no mês trabalhado será possível "por causa do esforço na contenção de gastos do governo aliado ao aumento da arrecadação no primeiro semestre", explicou o secretário estadual da Fazenda (Sefaz), Simão Cirineu, segundo informações do site da secretaria. Alegando dificuldades financerias herdadas da gestão anterior, o governo repassava 80% do salário dentro no mês e os 20% restantes ficavam disponíveis até o dia 10 do mês seguinte.
Os recursos para o pagamento da folha serão liberados amanhã (28/7) e os servidores receberão o valor em conta na sexta-feira (29/7).
Pregão
Simão Cirineu disse ter ficado "surpreso" pelo fato de o pregão não ter recebido nenhum proposta oficial. Segundo informações do site da Sefaz, o titular da pasta afirmou que o governo "cumpriu o rito estipulado pela legislação e agiu com transparência" ao elaborar o edital do pregão. Simão estudará o caso antes de decidir se realizará outro pegão.
O valor do lance mínimo, R$ 505 milhões, é apontado como um dos motivos para representantes do Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco não terem feito nenhuma oferta. A Caixa Econômica Federal, apesar de ter demonstrado interesse no leilão, não mandou representante ao prédio da Sefaz.
Segundo informações de bastidores, representantes do Santander e do Bradesco não oficializariam proposta pelo fato de o Itaú ser acionista dos dois bancos.
O Itaú é o banco que possui contrato com o governo e faz o pagamento pelos salários dos servidores efetivos, inativos e pensionistas do Estado.