Atualizada às 11h24 de 24/7 por A Redação
A violência começou na tarde da última sexta-feira (22/7), pelo horário local, quando uma bomba explodiu nas proximidades da sede do governo norueguês, ataque que deixou 7 mortos e 15 feridos, atingindo também a redação do jornal tabloide VG, o maior do país. Mais tarde, um homem que vestia uniforme de policial atirou contra participantes de uma reunião da juventude do Partido Trabalhista norueguês, atualmente no governo.
Nesse domingo (24), a Polícia norueguesa anunciou, que o número de mortos em ataques do País chegou a 93, depois que uma vítima do tiroteio na Ilha de Utoya, morreu no hospital.
No sábado (23), a polícia de Oslo acusou o Anders Behring Breivik pela explosão no edifício onde trabalha o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, e pelo tiroteio contra jovens na Ilha de Utoya. As informações são da Dow Jones.
A tragédia ocorreu quando, segundo relatos, um homem vestido de policial chegou à ilha de Utoeya, perto de Oslo, e começou a atirar contra jovens que participavam de um acampamento do Partido Trabalhista (do governo) no local. Havia cerca de 600 jovens no encontro; inicialmente, relatos deram conta de que o episódio resultara em cerca de dez mortes.
Mas um porta-voz da polícia norueguesa, Anders Frydenberg, confirmou por telefone à BBC que muitos outros corpos foram encontrados. É o pior ataque ocorrido na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial.
O suposto atirador foi detido. Ele atacou os jovens em um acampamento na ilha de Utoya, perto de Oslo, e a área ainda era vasculhada pela polícia na noite de ontem. Segundo o ministro da Justiça da Noruega, Knut Storberget, o atirador é norueguês, branco e tem 32 anos.
Um suposto grupo islamita, o Ansar al-Jihad al-Alami (Apoiadores da Jihad Global) assumiu a autoria dos ataques, mas o governo norueguês foi cauteloso em confirmar a afirmação. O governo disse que é "muito cedo" para comentar sobre grupos que assumiram responsabilidades. A cautela do governo norueguês decorre do fato de que mais tarde a televisão estatal da Noruega negou que o grupo Ansar al-Jihad al-Alami tenha praticado os ataques. Segundo a imprensa norueguesa, o grupo teria voltado atrás nas declarações, mas não foi possível confirmar de maneira independente essa informação.
A polícia norueguesa acredita que os dois ataques estão interligados e emitiu um alerta para a população ficar longe das ruas centrais de Oslo. O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, está a salvo. Ele disse em entrevista por telefone que Oslo enfrenta uma "situação séria".
"Por mais que alguém esteja bem preparado, é sempre dramático quando algo assim acontece", afirmou o premiê. O presidente da União Europeia (UE), Herman van Rampuy, condenou o ato de "covardia" que atingiu Oslo, enquanto o governo dos Estados Unidos qualificou como "desprezível" a violência na capital da Noruega. A polícia ainda não informou a identidade do atirador do acampamento onde ocorria a reunião nem os possíveis motivos do ataque.
"Eu vi que algumas janelas no prédio do VG e na sede do governo foram quebradas. Algumas pessoas cobertas de sangue estavam nas ruas", disse um jornalista à rádio estatal NRK. A rádio informou que a explosão parece ter ocorrido perto do Ministério de Finanças, que fica vizinho ao escritório do primeiro-ministro e à redação do tabloide VG.
"Existe vidro por todos os lados e é um caos completo. As janelas de todos os prédios vizinhos foram arrebentadas", disse o jornalista Ingunn Andersen, da NRK. Fotos publicadas no website da NRK mostraram vidro quebrado na frente da fachada destruída do edifício do tabloide VG, enquanto soldados fechavam a área e pessoas rodeavam alguns feridos.
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