Mônica Parreira e Rafaela Bernardes
Goiânia - A Polícia Civil apresentou nesta segunda-feira (19/2) detalhes sobre a morte da servidora pública Giselle Evangelista, de 39 anos. Ela foi assassinada em Goiânia na madrugada de sexta-feira (16), pelo namorado José de Oliveira Júnior, de 37 anos. O empresário confessou o crime e disse que aconteceu durante uma discussão do casal.
Em depoimento à polícia, José Carlos também disse que Giselle, com quem namorava há cerca de dois anos, teria cuspido na cara dele durante a discussão. O fato teria deixado o empresário "sem controle", momento em que aconteceu o estrangulamento.
Segundo o delegado Dannilo Proto, José Carlos informou que tentou reanimar a namorada quando percebeu que ela estava sem pulso. Ao constatar que Giselle havia morrido, o empresário resolveu fugir. Ele pegou a estrada com destino a Minaçu, onde tem família, mas o veículo que dirigia estragou em Pirenópolis.
O suspeito foi localizado na noite de sábado (17) em um matagal perto da cidade histórica e levado para a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), em Goiânia. Em seu depoimento, alegou estar arrependido do crime e que o caso só aconteceu porque ele "perdeu a cabeça" durante a briga.
O corpo de Giselle foi encontrado pela própria família na tarde de sexta-feira, no apartamento do namorado. Ela estava na cama, com um travesseiro no rosto. A vítima tinha um filho adolescente e era funcionária do Tribunal de Justiça de Goiás.
Ainda de acordo com o delegado Dannilo Proto, o caso se encaixa em feminicídio. José Carlos, que não tinha antecedentes criminais, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão pela morte de Giselle.