Mônica Parreira e Rafaela Bernardes
Goiânia - A morte da cabeleireira Lorraine Fernandes, cujo corpo foi encontrado 20 dias após desaparecimento, foi encomendada pelo ex-marido. A informação foi confirmada pelo delegado de Inhumas, Humberto Teófilo, durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (17/1). O mandante e o suposto executor do crime estão presos.
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Segundo o delegado, R.T.C., de 38 anos, não aceitava o fim do relacionamento com Lorraine, ocorrido em novembro do ano passado. A polícia informou que o casamento, que durou oito anos, era conturbado. A mulher, inclusive, chegou a registrar um boletim de ocorrência em 2015 por violência doméstica. A investigação também aponta que a cabeleireira recebia ameaças dele via mensagem.
O crime
O ex-marido teria oferecido R$ 5 mil a um colega para matar a mulher. O crime aconteceu no dia 26 de dezembro, no município de Inhumas. Lorraine havia ido a um banco e, depois disso, não foi mais vista. A Polícia Civil informou que o rapaz contratado para matá-la, D.B.R., de 18 anos, a abordou na saída do banco e pediu uma carona. Segundo o delegado, a vítima concordou por conhecê-lo. D.B.R. já trabalhou no supermercado de seu ex-marido.
Depois de entrar no carro, o suspeito teria rendido Lorraine e a levado a um canavial perto do município. O ex-marido, que pilotava uma motocicleta, seguiu o veículo até o local do crime para auxiliar D.B.R. A cabeleireira foi amarrada e depois executada com três tiros na cabeça. A arma utilizada foi um revólver calibre 38.
Lorraine Fernandes (Foto: arquivo pessoal)
O veículo que a vítima dirigia quando desapareceu foi encontrado há alguns dias abandonado em uma estrada, com marcas de tiros. Já o corpo só foi localizado na terça-feira (16/1), por trabalhadores de uma empresa que fica perto do canavial. Após avistarem o cadáver, acionaram a polícia.
Ainda segundo Humberto Teófilo, D.B.R. confessou o crime. Ele já tem passagem pela polícia e responde por outro homicídio, praticado em novembro do ano passado. O suspeito estava escondido em uma fazenda no município de Mozarlândia.
Já o ex-marido foi preso em Inhumas, enquanto trabalhava. Apesar das evidências, R.T.C. nega qualquer envolvimento com a morte da ex-mulher. Os dois responderão pelos crimes de sequestro, homicídio qualificado, porte ilegal de arma e ocultação de cadáver.