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Moeda encerrou o dia cotada a R$ 3,2093 | 17.01.17 - 19:18
(FOTO: RAFAEL NEDDERMEYER/ FOTOS PÚBLICAS) São Paulo - O dólar operou em baixa nesta terça-feira, 17, desde a abertura diante da retomada dos leilões de swap cambial pelo Banco Central. A direção do câmbio doméstico também foi determinada pela fraqueza da moeda no exterior. O dólar à vista encerrou aos R$ 3,2093, em queda de 1,01%, já afastado da mínima de R$ 3,1977 (-1,37%).
Na máxima, a moeda chegou aos R$ 3,2206 (-0,66%), enquanto o volume de negócios somou US$ 1,423 bilhão. Já o contrato futuro mais líquido, para fevereiro de 2017, encerrou aos R$ 3,2250 (-1,03%), após oscilar entre a mínima de R$ 3,2105 (-1,47%) e a máxima de R$ 3,2350 (-0,72%), com movimentação de US$ 10,997 bilhões. A redução das perdas ao longo da sessão foi decorrente de realização de lucros em contratos vendidos.
Alguns investidores também anteciparam as compras da divisa norte-americana, assumindo posições mais cautelosas, antes do início do governo de Donald Trump na sexta-feira, de acordo com especialistas consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. O Banco Central retomou hoje os leilões de swap cambial, dando início ao processo de rolagem dos 128.620 contratos que vencem em fevereiro (US$ 6,431 bilhões). Sem atuar com swap desde 12 de dezembro, a instituição vendeu o lote integral de 12.000 contratos (US$ 600 milhões), numa operação que tem efeito correspondente à venda de dólares no mercado futuro.
No exterior, Donald Trump voltou a alimentar incertezas sobre seu governo, faltando poucos dias para assumir a Casa Branca. O republicano criticou o nível "muito forte" da moeda dos Estados Unidos e o efeito prejudicial disso para as empresas locais no comércio exterior. O impacto foi de recuo do dólar pelo mundo, assim como queda dos juros dos Treasuries e bolsas de Nova York. Trump também mostrou descontentamento com a proposta de congressistas de seu partido para elevar tarifas de importação e isentar exportações, afirmando que era muito complicada.
Tal medida, conhecida como "ajuste de fronteira", poderia resultar numa alta "automática" de 20% a 25% da moeda norte-americana, notam economistas do banco BBH em relatório a clientes. Além do fator Trump, o recuo do dólar foi intensificado pelo tão esperado discurso da primeira-ministra britânica, Teresa May.
Em tom mais ameno que o alertado, a premiê ressaltou que a separação com a União Europeia será concretizada, mas apontou que o Reino Unido continuará "um parceiro confiável, aliado disposto e amigo próximo" de Estados do bloco. Ela acrescentou que os termos do processo conhecido com Brexit também serão avaliados por ambas as casas do Parlamento.