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EM GOIÂNIA

Polícia prende suspeitos de desviar cargas milionárias do Walmart

"Homens simularam roubo", afirmou delegado | 16.01.17 - 21:26 Polícia prende suspeitos de desviar cargas milionárias do Walmart (Foto: Divulgação / Polícia Civil)
 
 
Policiais da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) prenderam na última semana (dias 12 e 13/01), em Goiânia, dois motoristas acusados de integrar uma organização criminosa especializada em roubo de cargas. U.M.F.O., 31 anos, e L.J.V., de 41, são acusados pelo desvio de um carregamento de produtos diversos, no valor de R$ 800 mil, e uma carga de azeite, no valor de R$ 500 mil. 
 
Os produtos são da rede de hipermercados Walmart e foram desviados no mês de dezembro do ano passado. Com a prisão dos dois indivíduos, a polícia conseguiu identificar alguns líderes da organização, que tem ramificações nos estados do Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraíba, além de donos de grandes supermercados, que a polícia suspeita serem os receptadores das cargas. 
 
Os dois suspeitos serão indiciados por furto mediante fraude, associação criminosa e falsificação de documento público, podendo pegar até 22 anos de prisão. Chamou a atenção da polícia outros roubos com as mesmas características, a proximidade do registro dos boletins de ocorrência e a semelhança dos relatos. 
 
Em suas defesas, os dois acusados afirmaram que pernoitavam em postos de combustíveis. , U.M.F.O. na cidade de Feira de Santana/BA, no dia 2 de dezembro, e L.J.V., em João Pessoa/PB, no dia 20, quando foram abordados por organizações criminosas especializadas em roubos de carga e sequestrados. Os relatos dão conta, ainda, que foram libertados na cidade de Aracaju/SE, onde teriam sido registrados os falsos boletins de ocorrência.
 
De acordo com o titular da Decar, delegado Alexandre Bruno de Barros, quando foram realizadas as diligências ficou constatado que os registros eram falsos. “Eles simularam o roubo da carga e o sequestro e, em seguida, confeccionam os boletins, com base em registos encontrados na internet, alguns feitos de forma grosseira”, afirmou Alexandre. 
 
Apesar da semelhança dos relatos, U.M.F.O alega que não conhece L.J.V., mas a polícia acredita que os dois sejam parceiros.
 
Novas técnicas
 
Ainda de acordo com o delegado, devido ao trabalho realizado pela Polícia Civil, o roubo de cargas teve uma queda vertiginosa no estado de Goiás no último ano, o que levou algumas organizações criminosas a criar novas formas de agir em relação a roubo e furto de cargas. “As organizações passaram a cooptar motoristas que trabalham de forma lícita em mais de uma unidade da federação e, ao invés de entregarem a carga para os clientes que pagaram por elas, repassam a receptadores em outros estados”, afirma.
 
Segundo delegado, eles aceitam facilmente participar do crime, pois o valor normal que recebem pelo transporte de uma carga não passa de R$ 3 mil, e dependendo do valor da carga, os caminhoneiros recebem entre R$ 10 e 20 mil para participarem do delito.
 
 
 
 
 
 
 

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