Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Entrevista - Alexandre Mazza

“Passar de primeira no Exame da OAB não é mais a realidade”

Professor dá dicas para se sair bem na prova | 28.01.12 - 14:34 “Passar de primeira no Exame da OAB não é mais a realidade” Professor Alexandre Mazza acredita que bachareis devem investir um mínimo de duas horas de estudo diárias para passar no exame (Foto: Mauro Júnio)
A Redação

O Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) não é apenas polêmico pela discussão que muitos travam sobre a necessidade de sua existência. Conforme a opinião de mestres, doutores e professores de Direito, a prova também é extremamente complexa, apresentando um nível de dificuldade que pode ser comparado ao dos concursos para juiz ou promotor no Brasil.

Para saber como obter êxito na avaliação, cuja primeira fase será realizada no próximo dia 5 de fevereiro em todo o País, A Redação conversou com o doutor em Direito Administrativo e professor da Rede LFG de Ensino, Alexandre Mazza. Na entrevista, ele, que esteve em Goiânia nesta sexta-feira (27/1) para participar de um evento preparatório para o Exame da Ordem no teatro da PUC-GO, dá dicas preciosas aos bacharéis em Direito e faz um alerta: a regra de ouro da prova é a persistência. “Passar de primeira no Exame da Ordem não é mais a realidade dos candidatos”, sentencia.

AR - Que dicas de estudo o senhor dá a quem vai fazer a primeira fase do Exame da OAB no dia 5?
Alexandre Mazza - É importante dar ênfase às matérias que têm uma quantidade menor de assunto para um número maior de questões. Algumas disciplinas do Exame de Ordem são pequenas, em termos de conteúdo, mas respondem por grande parte das questões da prova. Recomendo atenção especial à Ética Profissional, que se tornou a disciplina mais importante da primeira fase da avaliação, pois agora caem 12 questões - o maior número de questões por disciplina. Também vale a pena estudar Direito Empresarial, Administrativo e Constitucional. Essas são as matérias mais curtas, em relação à quantidade de questões da prova. Dessa forma, o estudo rende mais do que quando se opta por disciplinas de vasto conteúdo e poucas questões. Não significa que o candidato deva abandonar o estudo das outras matérias, mas que pode focar mais naquelas que ajudam a elevar a pontuação.

É necessário estudar de segunda à segunda?
O ideal sempre é disponibilizar a maior quantidade possível de tempo para o estudo. Entretanto, sabemos que muitos candidatos não podem fazer isso, pois precisam conciliar o trabalho ou outras obrigações. Sendo assim, sugiro um período de, pelo menos, duas a três horas de estudo, por dia, voltado para o Exame da OAB. Não pode ser um estudo disperso, é preciso ter foco. Não adianta abrir um livro qualquer de doutrina e achar que ele irá ajuda-lo na prova da OAB. Tem que ser um estudo focado para a prova, com livros específicos, ou em curso preparatório. Também é importante fazer uma análise das questões anteriores, desde que sejam das provas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), instituição que aplica atualmente o Exame da OAB e respondeu pelas quatro últimas provas. Por isso, o mais importante é analisar os quatro últimos exames. Os anteriores a esses não têm tanta importância, pois eram elaborados por outra banca. As quatro provas mais recentes são preciosas, porque mostram as tendências dentro de cada área do Direito, a forma como a banca elabora as questões e também os temas repetidos, pois há questões que são idênticas de um exame para outro.

Pesquisas da OAB mostram que pessoas que participam pela primeira vez do exame apresentam um índice de 25% de aprovação. Já entre os bacharéis que realizam a prova pela segunda ou terceira vez o índice costuma ser bem menor, em torno de 7%. A que fator o senhor atribui esse resultado?
Acho que esse índice se deve ao fato de que quem acabou de sair da faculdade e presta o exame pela primeira vez está mais próximo do conteúdo do curso de Direito, ao passo que quem já se formou há algum tempo e presta a prova pela segunda, terceira ou quarta vez vai se distanciando dos temas. Por isso é importante que o candidato que não passe de primeira na prova permaneça sempre em contato com os assuntos do curso, buscando as atualizações. O fato de se manter atualizado hoje é primordial no Exame de Ordem, porque a OAB cobra muito isso. Quem sai da faculdade e não passa no primeiro exame deve procurar saber sempre quais são as novas leis ou as decisões importantes dos tribunais.

Como o candidato que não é mais novato no exame deve se comportar para tentar obter êxito? Como impedir que a frustração e a angústia dos resultados anteriores atrapalhe o desempenho na nova prova?
É inevitável que quem não consiga aprovação na primeira prova fique triste e desanimado. A pressão sobre o candidato é grande, mas ele não pode se render ao desânimo. A regra de ouro da prova da OAB e de todo concurso público é que só não passa quem desiste. Já tive casos de alunos que prestaram 10, 12 ou até 15 vezes o Exame de Ordem. Prestar 15 vezes significa passar cinco anos fazendo a prova ininterruptamente. Mas, quem age assim, uma hora passa. O que não pode é o aluno deixar de fazer a prova, porque dessa forma ele corre o risco de perder um exame fácil. Algumas vezes, a OAB aplica exames com o objetivo de obter um número maior de aprovação e muita gente passa. Aqueles que desanimam perdem essa chance. Quem não tem persistência em concurso público não consegue vencer. Hoje, a média de preparação para uma carreira top de linha é de dois a três anos de estudo, com muita dedicação. Por isso, prestar dois ou três exames da OAB é o mínimo que se pode esperar do candidato. É muito raro hoje passar no primeiro exame de Ordem. Não é mais a realidade da prova.

Isso acontece porque o exame está mais difícil ou porque a formação dos alunos nas faculdades de Direito está mais precária?
Todo mundo bate na tecla de que o nível dos candidatos caiu e houve uma proliferação indiscriminada das faculdades de Direito. Como professor de curso preparatório há 12 anos, percebi que, nos últimos cinco anos, o Exame da OAB se tornou uma prova muito mais difícil do que era antes. Hoje, a prova da OAB é extremamente complicada. A cada exame, temos declarações de grandes autoridades do Direito, como desembargadores, promotores e professores, dizendo que, se eles mesmos fossem fazer a prova hoje, não conseguiriam passar. O exame está muito difícil e não reflete o que seria razoável de se esperar de quem sai da faculdade e não tem experiência prática nem especialização ou mestrado. A prova não é justa nesse sentido. Hoje, o Exame da OAB tem o mesmo nível de dificuldade que os grandes concursos públicos do Brasil. Há casos em que a prova é ainda mais difícil que aquelas para a magistratura ou o Ministério Público.

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
  • 26.06.2015 14:05 PEDRO

    Saiba como passar na prova da OAB,Acesse esse LINK:http://bit.ly/passar-na-oab

  • 04.08.2014 00:29 Gisele Lopes

    Nossa, o site está show, muito bem explicado, vou indicar para o povo que conheço na facul. Achei também nas minhas pesquisas outros site legais e quero compartilhar Dicas Para OAB http://www.dicasparaoab.com/eficacia-e-aplicabilidade-das-normas-constitucionais/ bjus

  • 01.05.2012 11:29 andreia nobre

    o curso de direito realmente exige muito estudo, eu estou no primeiro periodo, e espero mesmo passar de primeira na oab .

  • 28.01.2012 10:08 Adelaide Nunes

    Nossa, ele emagreceu bastante depois da cirurgia do estômago, né? Adoro ele.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351