A Redação
Goiânia - Na delação premiada de executivos da Odebrecht, fechada na última semana, consta a informação de que a empresa pagou caixa dois, em dinheiro vivo, para campanhas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O dinheiro teria sido utilizado em 2010 e 2014.
Os executivos da empreiteira citaram os nomes de duas pessoas próximas ao tucano. Elas seriam as responsáveis por intermediar os repasses. O assunto não chegou a ser discutido diretamente com Alckmin. As informações são da Folha de S. Paulo.
De acordo com a delação, Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin, teria recebido o repasse de R$ 2 milhões. O tucano foi eleito no primeiro turno de 2010 com 50,63% dos votos válidos. Já em 2014, um dos operadores seria Marcos Monteiro, atual secretário de Planejamento do governo paulista.
Segundo a revista Veja, Alckmin era citado como "santo" nas listas de propina da empreiteira. Levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não indica doações diretas da Odebrecht à campanha do candidato tucano nas duas eleições em que venceu.
Em resposta à reportagem da Folha, a assessoria do governador de São Paulo afirmou ser "prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas". A nota disse que Marcos Monteiro foi tesoureiro da campanha de 2014.
(Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil)
