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Movimento grevista

Auditores Fiscais do Trabalho entregam cargos de chefia em Goiás

Governo federal ainda não cumpriu acordo | 26.10.16 - 15:56 A Redação

Goiânia -
 Insatisfeitos com o descaso por parte do governo federal que ainda não enviou o projeto de lei com a reestruturação da carreira da categoria ao Congresso Nacional, servidores dos cargos de chefia de fiscalização e de coordenação de projetos da Auditoria Fiscal do Trabalho em Goiás entregaram os cargos. Ao todo, onze servidores no Estado oficializaram desligamento das atividades.
 
“Eles já não exercem mais suas funções. Viram que não é vantagem assumir cargos de chefia na nossa área. Gratificações são baixas e o trabalho não é reconhecido”, explica Odessa Arruda, presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho no Estado de Goiás (Aafitego). “Além disso, os auditores fiscais do trabalho assinaram um termo de compromisso afirmando que não vão aceitar outra chefia enquanto nossa situação não for resolvida”, acrescenta.
 
Além de Goiás, um dos primeiros a oficializar a entrega de cargos de chefia ainda na semana passada, outros Estados também seguiram o mesmo rumo e a situação é igual em praticamente todo o país. 
 
O movimento grevista, ativo desde o dia 2 de agosto, cobra o envio ao Congresso Nacional do Projeto de Lei referente ao acordo assinado pelo governo em março deste ano. O setor reivindica o reajuste de 21,3%, dividido em quatro anos, e bônus de eficiência, que os profissionais devem receber de acordo com a arrecadação que for repassada para a União, conforme destaca o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait). Outras reivindicações estão na pauta não-remuneratória, como o aumento no quadro de auditores por concurso público e melhores condições estruturais.
 
“Nenhum avanço foi visto até agora. Nosso projeto de lei ainda está na Casa Civil, quando na verdade já devia ter ido para o Congresso. Segundo os ministérios do Planejamento e do Trabalho, nossa pauta só será encaminhada após a votação da PEC 241, o que nos preocupa, já que a PEC é justamente para conter os gastos”, comenta Odessa. “Estamos apelando para os parlamentares para ver se algum deles nos ajuda a dar sequência ao projeto”, completa.
 
Conforme explica a presidente da Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho no Estado de Goiás, apenas situações graves estão sendo fiscalizadas. “Segurança e saúde,  falta de pagamento dos salários e do registro do trabalhador continuam sendo fiscalizadas. Essas atividades não podem parar. Os auditores fiscais do trabalho estão fazendo Operações Transportes (passageiros e rodoviários), portos e coletas de lixo. Mas as demais atividades continuarão paralisadas até nossas reivindicações serem atendidas”, finaliza.  

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