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PECUÁRIA

Produtores querem melhorar condições para produção de leite em Goiás

Faeg vai pressionar Ministério da Agricultura | 20.10.16 - 23:02 Produtores querem melhorar condições para produção de leite em Goiás (Foto: Fedox / Faeg)
 
Com o objetivo de buscar soluções para os problemas e os desafios enfrentados nos últimos meses pelos elos que compõem a cadeia produtiva do leite, principalmente os produtores rurais, 
 
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg) realizou nesta quinta-feira, (20/10), em Goiânia, Assembleia Geral dos Produtores de Leite. A intenção foi discutir e definir medidas, ações e estratégias para buscar a melhoria da cadeia produtiva, dos preços pagos pela produção e a harmonização entre produtores e indústria. A reunião foi realizada durante o Encontro Estadual de Empreendedores de Leite. 
 
Participaram mais de 1,2 mil produtores de várias regiões do Estado e representantes de associações e cooperativas. Na ocasião, foram aprovados pontos que serão levados para indústrias, governo federal e demais instituições representativas. A começar pelo pedido de revogação da Instrução Normativa (IN) 26, de 21 de julho de 2016, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A medida autorizou, pelo período de um ano, as indústrias de laticínios a reconstituir leite em pó para a produção de leite longa vida (UHT) e leite pasteurizado. 
 
Caso o pedido não seja atendido no período de 10 dias – a contar da data do encontro, ficou definida uma manifestação em Brasília. “Se for preciso, vamos mobilizar todos produtores para irem até o Ministério da Agricultura, em Brasília”, declarou José Mário Schreiner, presidente do Sistema Faeg-Senar.
 
Ficou também definida a criação, em um prazo de até 60 dias, do Conselho Paritário entre Produtores e Indústrias do Leite (Conseleite). De acordo com Schreiner, o setor terá informações de qual é o custo de produção na atividade leiteira, tanto de produtores quanto de indústrias, além de parâmetros considerados pelo mercado para estabelecer o valor final do leite a ser pago ao produtor. “Estes números poderão ser validados pela universidade”, ponderou. 
 
Os produtores definiram que, caso não seja atendido a criação do Conseleite, a Faeg vai solicitar a retirada de incentivos fiscais das empresas que não concordarem com a criação do Conseleite. “É uma iniciativa bastante ousada, mas que precisamos colocar em prática para garantir a competitividade do setor. Até porque todos querem sobreviver”, afirmou José Mário. 
 
Repercussão - O presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais de Mossâmedes (Copram), Natalício Santome - que há 40 anos trabalha com pecuária de leite -, acredita que as medidas serão positivas para o setor. “Antes estava sofrendo pressão com a economia por causa do preço do leite. Mas não é só o preço que prejudica. Tem também a questão do clima”, destacou. Diante das discussões e propostas, Santome acredita em avanços para a cadeia produtiva e uma variação melhor em relação ao valor pago ao produtor. 
 
Para o presidente do Sindicato Rural (SR) de Caçu, Adelmo Barbosa de Freitas, a mobilização vai garantir estabilidade para o setor leiteiro. Apesar de considerar o acordo proposto positivo, o produtor acredita que a situação requer uma ação mais enérgica para a conquista de seus pleitos. “Enquanto o governo brasileiro quer combater o alto preço com importação, a solução é combater o alto preço com incentivo à produção”, analisou.
 
 

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