A Redação
Goiânia - A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (19/10) uma ação para desarticular organização criminosa responsável por corrupção sistêmica em presídios de Goiás. São cumpridos 134 mandados, sendo 35 de prisões preventivas, 28 de prisões temporárias, oito conduções coercitivas e 63 de busca e apreensão na chamada Operação Livramento.
De acordo com a polícia, estão envolvidos no esquema servidores públicos, advogados e presos do complexo prisional de Aparecida de Goiânia. Durante a investigação, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) identificou liberação irregular de detentos. Em alguns casos foram encontradas falsificações de decisões judiciais e até de atestados médicos.
A suspeita é que todos envolvidos lucravam com o esquema, desde o agente, que recebia inicialmente o preso na Central de Triagem e indicava ou exigia a contratação dos advogados operadores do esquema, até o carcereiro, que abonava as faltas dos presos em regime semiaberto em troca de favores sexuais.
Além dos mandados de prisão, foi determinado o afastamento das funções de todos os servidores e ainda a suspensão do exercício da advocacia dos profissionais envolvidos.
Pela Operação Livramento serão presos cinco advogados, 30 servidores e ex-servidores da Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap). Serão conduzidos coercitivamente um advogado e outras sete pessoas. Os demais são detentos e ex-detentos do complexo prisional.
Mais detalhes sobre a operação serão repassados à imprensa durante entrevista coletiva, às 10h30, no auditório do Instituto de Criminalística.