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Tiroteio em Itumbiara

Governador de Goiás estava em reunião nos EUA quando soube de atentado

Marconi Perillo cancela missão na Califórnia | 29.09.16 - 03:17 Governador de Goiás estava em reunião nos EUA quando soube de atentado (Foto: Fotos Públicas)João Unes

Los Angeles, Califórnia - Depois de ter seu voo de volta ao Brasil cancelado, o governador de Goiás, Marconi Perillo, recolheu sua bagagem, pegou um táxi e seguiu sozinho do aeroporto de Los Angeles de volta ao hotel, onde estava a primeira-dama, Valéria Perillo, e integrantes da missão comercial de Goiás na América do Norte. Marconi havia conseguido a única vaga disponível no voo que acabou cancelado. Eram cerca de 22h30 de quarta-feira (28/10).

A correria do governador para tentar chegar a tempo do sepultamento do ex-prefeito José Gomes da Rocha, vítima de atentado à bala em Itumbiara, começou pouco depois das 14 horas de Los Angeles (18 horas em Brasília) de quarta-feira, durante uma apresentação sobre Goiás para a diretoria World Trade Center e investidores na Califórnia. 

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O governador goiano estava no meio da apresentação quando foi avisado do atentado, ainda sem a confirmação da morte do ex-prefeito. Entre boatos e falta da confirmação de vítimas, Marconi prosseguiu na apresentação, pediu desculpas aos norte-americanos para finalmente interromper o evento e sair da sala para buscar mais notícias. "Não é possível que isso aconteceu", dizia. "Estou abaladíssimo."

O cônsul-geral do Brasil em Los Angeles, Bruno de Risios Bath, que acompanhava a missão liderada pelo governador goiano, prestou total assistência a Marconi, oferecendo solidariedade e apoio logístico ao governador de Goiás. O embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Sérgio Amaral, também se solidarizou e ofereceu ajuda.

Por telefone, ele falou com presidente da Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codeg), Julio Cesar Vaz. "Balearam o Zé", repetia Julinho do outro lado da linha. "Que Zé?", perguntava Marconi. "O prefeito de Itumbiara. Ele caiu em cima de mim. O José Eliton também foi atingido", respondeu Julio Vaz.

Em seguida, o próprio governador deu a notícia aos integrantes da comitiva goiana: "Atiraram no Zé Gomes e no (vice-governador) Zé Eliton", avisou o governador. "Não acredito que eles fizeram isso", disse ainda incrédulo Marconi. Minutos depois, veio a confirmação da morte do ex-prefeito. "Ele era meu grande amigo, sempre me ajudou muito em Itumbiara", disse o governador. "Estou chocado, abaladíssimo."

Imediatamente, o governador cancelou a agenda do dia, que ainda previa uma visita à Universidade de Los Angeles, além de outros compromissos marcados para quinta e sexta-feira, e voltar imediatamente a Goiás. "Preciso voltar", disse, bastante emocionado.

Ainda no World Trade Center, o governador se reuniu com o secretário de Assuntos Internacionais, Isanulfo Cordeiro, com o consultor de Comunicação Marcos Villas-Boas, o assessor de imprensa da Governadoria, João Bosco Bittencourt, e o autor destas linhas.

Além dos quatro jornalistas, o presidente da Federação das Indústrias de Goiás, Pedro Alves de Oliveira, e o empresário Umberto Cardoso ficaram o tempo todo ao lado de Marconi, apoiando o governador, que ficou em choque com a notícia.

O governador contou ainda com o apoio de Armando Melo e Santos, assessor de Assuntos Internacionais de Goiás, e de William Adão Rabelo, assessor em Comércio Exterior do Estado. Pela Fieg também estava o assessor Lenner da Silva Rocha.

A poucas horas da partida do único voo direto do dia entre Los Angeles e São Paulo, o governador conseguiu apenas uma passagem e decidiu viajar sozinho no mesmo dia. A ideia era chegar a tempo do sepultamento do amigo em Itumbiara.

Passou no hotel para se despedir da primeira-dama, Valéria Perillo. Antes de ir para o aeroporto, ditou uma nota oficial sobre o caso, ligou para o secretário-chefe da Casa Civil, João Furtado, que cuidava dos detalhes da posse do presidente da Assembleia, Hélio de Souza, como governador em exercício de Goiás, já que o vice-governador estava na sala de cirurgia.

No aeroporto, Marconi foi com Isanulfo Cordeiro, William Rabelo e João Bosco Bittencourt até o portão de embarque, onde ficou aguardando sozinho a partida de seu voo, prevista para 21 horas de Los Angeles (1 hora de Brasília).

Na hora marcada, o governador foi informado que o voo fora transferido para o dia seguinte. Recolheu as malas, pegou um táxi e chegou de volta ao hotel às 22h30, pelo horário da Califórnia (2h30 de Brasília). Ainda abalado e triste por não ter conseguido chegar a tempo do sepultamento, se recolheu, confortado pela primeira-dama. Nesta quinta-feira, tenta de novo embarcar para Goiás.

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