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ENTREVISTA EXCLUSIVA

Daniel Vilela sobre aproximação do PMDB com PSDB para 2018: "Sem chance"

Deputado discorreu sobre temas polêmicos | 20.08.16 - 00:52
 

Marcos Araken
 
Goiânia - Em visita ao jornal A Redação, nesta quarta-feira (19/8), o jovem deputado federal Daniel Vilela (PMDB) falou com a desenvoltura de políticos experientes. Ao responder sobre temas polêmicos em pauta, Daniel se disse contrário a uma possível aproximação política entre o PMDB e o PSDB. A situação chegou a ser cogitada no pleito deste ano, em Goiânia, com a oferta do governador Marconi Perillo a Iris Rezende para a formação de uma chapa com os dois partidos para disputa da prefeitura de Goiânia. Questionado se essa aproximação pode acontecer em 2018, ele foi direto: “Sem chance”, afirmou contundente. 
 
Vilela transitou no meio político muito cedo. Tinha apenas 11 anos quando o pai, Maguito Vilela, assumiu o governo de Goiás, em 1995. Apenas 16, quando Maguito tornou-se senador da República. Mesmo com apenas 32 anos, acumula no currículo um mandato de deputado estadual, quase dois anos de Câmara Federal, e a presidência do PMDB em Goiás. Vice-líder do partido na Câmara, é presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso.
 
Contrariando informações de bastidores, segundo as quais parte do PMDB rejeitaria a candidatura de Iris este ano, em Goiânia, Daniel foi categórico. “A candidatura do Iris era incontestável. Entendíamos que ele era o principal nome do partido e deveria ser candidato”, afirmou. O deputado falou sobre a necessidade de acabar com os partidos pequenos na reforma política e de sua performance no Câmara, cujo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) o colocou na lista dos 50 parlamentares em ascensão na Casa. E reiterou sonhar ser um dia governador de Goiás.
 
Além da tentativa de aproximação do PSDB com o PMDB na eleição, em Goiânia, o peemedebista também comentou sobre a última pesquisa Serpes/O Popular, em que o candidato Iris Rezende (PMDB) aparece 11 pontos à frente do Delegado Waldir (PR). “É um gestor experiente, é um político experiente, comprovadamente competente. Tem um recall recente positivo aqui em Goiânia e transmite segurança. Isso é o mais importante para esse momento”, alegou.
 
Confira os principais trechos:
 
VOLTA DE IRIS À DISPUTA EM GOIÂNIA
“A candidatura do Iris era incontestável pelo PMDB de Goiânia. Entendíamos que ele era o principal nome do partido e deveria ser candidato. O que aconteceu é que, depois da desistência dele inicial em ser candidato, houve uma divergência do partido em ter candidato próprio ou apoiar um outro partido. Mas enquanto era candidato, todos nós entendíamos que era a melhor alternativa. Pelo seu histórico político, pela sua capacidade de gestão, pelas suas últimas administrações aqui em Goiânia. Depois que ele voltou ser candidato, o partido se uniu e estamos todos imbuídos e fazendo cada um sua parte, fazendo o possível para que ele possa ter sucesso nessa eleição.”
 
LIDERANÇA DE IRIS NA ÚLTIMA PESQUISA SERPES EM GOIÂNIA
“Demonstra que o perfil dele é o perfil mais desejado e adequado para o momento que Goiânia vive. É um gestor experiente, é um político experiente, comprovadamente competente. Tem um recall recente positivo aqui em Goiânia e transmite segurança. O Paulo Garcia é uma pessoa que eu gosto, mas enfrenta muitos problemas em sua gestão, não tem uma boa avaliação na sua gestão. Isso faz com que as pessoas procurem um perfil de segurança e de retomada de uma cidade com investimentos, com qualidade de vida e acho que o Iris representa essa segurança, essa experiência.”
 

(Foto: Renato conde/A Redação)
 
POSSÍVEL APROXIMAÇÃO DE PSDB E PMDB
“A aproximação aconteceu da parte do governador. E não do PMDB e do Iris. Não sei por quais razões, ele tentou essa aproximação. Acho eu que pela sua falta de candidato, de possibilidades, pela alta rejeição que o goianiense tem do seu governo”
 
“(Compor com o PSDB em 2018) Da minha parte, sem chance. O PMDB vai apostar em um modelo totalmente diferente de gestão e de prática política do atual governo. Vamos nos apresentar como antagonistas do projeto que está aí hoje.". 
 
“Nós viveremos em 2018 um momento de realocação partidária. O próprio governador, não sendo candidato à reeleição, já é um fato que, por si só, faz com que seus aliados se sintam um pouco mais independentes a buscar outros caminhos. E o PMDB precisa aproveitar esse momento e criar condições, alianças partidárias que possa ajudar no sucesso de um projeto estadual.”
 


 
BALANÇO DO TRABALHO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS
“Fui relator de medida provisória no primeiro ano, que não é algo tão corriqueiro. Uma medida provisória que trouxe frutos importantes para o País, que foi o programa de proteção e emprego. Assumi a presidência de uma comissão extremamente importante (Comissão Mista de Mudanças Climáticas)”
 
“Sou autor do projeto que altera a Lei Geral das Telecomunicações (LGT) é o mais impactante para o País porque tem uma capacidade extraordinária de estimular investimentos no Brasil. A LGT tem uma capacidade bilionária em termos de gerar receitas para o País. Em um momento de crise econômica, de crise fiscal, é algo enorme isso. E também de colocar a banda larga no centro da política pública do País.”
 
“Sou hoje relator do projeto, de autoria do Governo (Federal), das criações das universidades de Jataí e Catalão – importantíssimas para Goiás.”

 
PRESIDÊNCIA DO PMDB GOIANO
“O partido precisa trabalhar de forma mais planejada, ter um projeto propositivo para o Estado, que não seja só de nome, mas de bandeiras do partido, que deem um tom propositivo.”
 
“Passamos por um momento de transição. De um PMDB que foi competente de um modelo tradicional de política e nós queremos fazer um novo PMDB eficiente, competente e vencedor”
 
“Estamos otimistas com a possibilidade de eleger pelo menos o mesmo número de prefeitos que elegemos em 2012. Em cidades grandes o PMDB, acho que está configurando o cenário, de eleger nas principais cidades. Temos candidatos competitivos e que a gente observa com muita chance de ganhar eleição. Temos o Iris em Goiânia, Gustavo em Aparecida, Adib em Catalão, o Paulo do Vale em Rio Verde, Agenor Rezende em Mineiros, Gilmar Alves em Quirinópolis, Rones em Santa Helena, Renato de Castro em Goianésia, Eduardo em Jaraguá, Ernesto Roller em Formosa, Gouveia em Posse, Eronildo em Porangatu, Solange em Uruaçu, Onofrinho em Ouvidor, Jacó em São Luiz do Norte, Edmar em Ceres”

 
REFORMA POLÍTICA
“O Brasil vai ser outro, depois desse processo de impeachment, da Operação Lava Jato. Há de se fazer uma reforma política para que a gente possa evoluir em relação à classe política, às práticas políticas e aos partidos políticos.”
 
“Acho que o Eduardo Cunha, como presidente (da Câmara Federal), na condução do debate da reforma, acabou privilegiando a manutenção dos pequenos partidos. Esse número tão alto de partidos tem criado dificuldades. Primeiro, no período eleitoral, quando se faz ai um balcão eleitoral, e depois, para governar, você acaba tendo que os governantes fazer concessões demais, aparelhando politicamente órgãos que deveriam ser prezados pela eficiência, pela capacidade de gestão.”
 


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