Adriana Marinelli
Goiânia - Uma das pessoas detidas na operação sigilosa de combate ao terrorismo realizada pela Polícia Federal estava em Goiás, segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. A cidade onde foi efetuada a prisão não foi divulgada até o momento pelo serviço de investigação.
Conforme foi informado pelo ministro em entrevista coletiva nesta quinta-feira (21/7), foram dez detidos em dez Estados. Além de Goiás, foram efetuadas prisões no Amazonas, no Ceará, na Paraíba, no Mato Grosso, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul. Ainda segundo o ministro, o suposto chefe do grupo é de Curitiba.
"Eles passaram de simples comentários sobre Estado Islâmico e terrorismo para atos preparatórios", disse o ministro na entrevista. Também de acordo com ele, foram as primeiras prisões no Brasil com base na recente lei antiterrorismo, sancionada em março pela presidente afastada, Dilma Rousseff. As ações serão intensificadas para evitar possíveis atentatos no Brasil, principalmente com o início das Olimpíadas do Rio.
As investigações tiveram início em abril com o acompanhamento de redes sociais pela Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal - DAT. Os envolvidos participavam de um grupo virtual denominado Defensores da Sharia e planejavam adquirir armamentos para cometer crimes no Brasil e até mesmo no exterior. Uma ONG com atuação na área humanitária e educacional também é investigada por participação no caso.