A Redação
Goiânia - A palestra ministrada pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, a empresários e investidores latinos e norte-americanos durante a missão do Governo de Goiás em Nova York foi destaque no jornal O Estado de S.Paulo. A colunista Sônia Racy informa que Marconi vai discutir na próxima semana com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e equipe a renegociação da dívida do Estado de Goiás com a União.
A nota, intitulada de Olho na Gestão, ressaltou que, além da renegociação da dívida, a gestão de Marconi está focada na administração de receitas e dos custos, com a nomeação de técnicos para as pastas do governo. “Perillo reduziu o número de suas secretarias a 10, das quais só três são políticas. E manteve o apoio da Assembleia estadual”, ressaltou.
Sônia Racy ainda destaca que a posição de Marconi é semelhante a do governador do Mato Grosso, Pedro Taques, que também participa da reunião no Ministério da Fazenda na próxima semana. “Taques contou em seminário do LIDE em Nova York que todos os seus secretários são técnicos – à exceção de um”, disse.
O alongamento da dívida de Goiás com a União, que será discutido com Meirelles, se aprovado pelo Congresso Nacional, vai reduzir pela metade o total de encargos previstos para o Estado quitar neste ano e permitir novos investimentos. O cálculo é da secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão.
Segundo ela, a operação vai permitir a diluição de R$ 1 bilhão (dos cerca de R$ 2 bilhões previstos para serem quitados em 2016), pelos próximos 20 anos, o que permitiria maiores avanços dos investimentos a médio prazo. Os Estados terão três opções.
A primeira prevê o alongamento da dívida com a União em 20 anos e as dívidas com o BNDES em dez anos. Numa segunda, os Estados poderão pedir ainda um desconto de 40% no valor das parcelas, limitado a R$ 160 milhões por mês, por até 24 meses, sendo o valor não pago nesse período transferido para as parcelas posteriores. A terceira prevê financiamentos a taxas competitivas.
Ana Carla explica que a dívida total de Goiás hoje é de R$ 17 bilhões e está dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Segundo a secretária, este valor é baixo, diante da realidade de outros Estados.
