Goiânia – Soldados do Exército Brasileiro e agentes de saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) uniram esforços na manhã desta sábado (13), no dia D da luta contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya, febre amarela e zika. A mobilização reforça a importância da conscientização da população e está sendo realizada no setor Colina Azul.
A solenidade de abertura da mobilização foi realizada às 8 horas, no Colégio Militar do Colina Azul, com a presença do prefeito Maguito Vilela e da Secretária Executiva do Ministério da Agricultura, Maria Emília Jaber, que na ocasião representou o governo federal. O principal objetivo da ação é fazer um trabalho de conscientização, orientando os moradores sobre como eliminar focos do mosquito Aedes aegypti e sobre riscos das doenças que o vetor transmite.
“Essa é uma ação não só de Aparecida, mas do Brasil. Neste momento, várias cidades estão de mobilizando para combater de forma efetiva o mosquito Aedes aegypti. A situação é de alerta e por isso contamos com a ajuda do Exército e do Corpo de Bombeiros. Mas combater o mosquito é um desafio de todos nós”, destacou o prefeito Maguito Vilela.
A mobilização teve início às 8 horas e se estenderá até o fim do dia. Ao todo, 100 agentes de saúde e 200 soldados do Exército Brasileiro trabalham orientandos moradores, visitando residências e distribuindo material educativo nas ruas. “Nossa missão é contribuir o máximo para tentarmos erradicar os focos do mosquito. Só em Goiás mobilizamos aproximadamente 1600 soldados, que vão auxiliar as equipes de saúde”, declarou o Tenente Coronel Paulo Edson, que também é comandante do Batalhão de Forças Especiais do Exército.
A diretora de Vigilância em Saúde Ambiental, Fernanda Fagundes, que na ocasião representou a secretária de Saúde, Vânia Cristina Rodrigues, avaliou a adesão da população na luta contra o mosquito de forma positiva. “Estamos tendo o respaldo da população, que se dispõe a ouvir nossas equipes de saúde e procura se informar. Apenas 4% dos domicílios visitados, as pessoas se recusam a receber os agentes”, comemorou Fernanda.
Para o feirante Cleuber Luiz Pereira da Silva, a iniciativa do poder público é bem-vinda. “Muita gente ainda joga lixo nas ruas ou não cuida do próprio quintal. Realmente é preciso informar para conscientizar”, salientou o morador do Colina Azul. Indagado sobre os cuidados do quintal da sua casa, Cleuber garantiu que a limpeza do terreno faz parte da rotina da família. “Todo dia a gente olha para ver se não tem nada que possa acumular água parada”, enfatizou.
Trabalho integrado e mobilização permanente
As equipes foram divididas por quadras e devem visitar 6.270 domicílios durante a ação deste sábado (13), fazendo um trabalho educativo com a população. A ação envolve também a Defesa Civil e todas as secretarias municipais, cada um com sua atribuição, além do apoio do 7° Batalhão do Corpo de Bombeiros, presidentes de bairros e vereadores.
O Corpo de Bombeiros montou um Comando Unificado dentro da Escola Militar do Colina Azul. De lá eles monitoram toda a ação, fazendo controle de notificações e relatório de ocorrências. “É aqui que toda equipe envolvida faz o acompanhamento real da mobilização, controle de gestão de recursos físicos, humanos e estatísticas de conscientização”, explicou o aspirante Rafael Avelar Siade, Bombeiro Militar e responsável pela parte de planejamento do Comando Unificado.
Na semana que vem, do dia 15 a 18 de fevereiro, a luta de combate ao mosquito continua no setor Tiradentes. A expectativa é visitar 6.500 domicílios no bairro, com 200 servidores da saúde e 150 soldados do Exército Brasileiro, em quatro dias de ação. A mobilização também deve passar pelo Parque Ibirapuera e Jardim Alto Paraíso.
Aparecida em alerta
O Colina Azul e o Jardim Tiradentes estão entre os 10 bairros com maior índice de infestação e transmissão e por isso foram escolhidos para receber a ação. O índice do Colina Azul é de 1,8% e do Tiradentes de 2,5%. Segundo informações da Diretoria de Vigilância em Saúde Ambiental, índices que variam de 1% a 3,9% são considerados uma situação de alerta.
Ainda de acordo com dados da Diretoria de Vigilância, só em 2016 são 1.033 casos de dengue notificados em Aparecida. Em 2014 foram registrados 10.763 casos, e em 2015, este dado saltou para 16.259 casos. “Aparecida vive uma epidemia de dengue. Os riscos da doença aumentam nesta época de chuva e por isso a conscientização da população é muito importante. A maior parte dos criadouros está nos quintais das pessoas. A luta é de todos”, enfatiza o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Iron Pereira.
A meta da mobilização nacional é visitar três milhões de residências, de acordo com o governo federal. A ação vai abranger todas as cidades consideradas endêmicas, de acordo com indicação do Ministério da Saúde, e as capitais do país. A iniciativa está sendo realizada, simultaneamente, em 353 municípios brasileiros, com apoio de secretários-executivos, presidente de estatais, representantes do governo federal e 220 mil militares.
