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Reunião histórica

Encontro entre papa e líder da Igreja Ortodoxa Russa marca reaproximação

Líderes pedem coexistência pacífica | 13.02.16 - 09:00 Encontro entre papa e líder da Igreja Ortodoxa Russa marca reaproximação (Foto: Ismael Francisco/ Cubadebate)
Havana - Os líderes da Igreja Católica e da Ortodoxa Russa se encontraram nesta sexta-feira, em uma reunião que marcou um avanço em direção a uma reaproximação entre das duas igrejas após a divisão de mil anos. No encontro, os dois líderes identificaram e discutiram áreas de interesse e desafios comuns para as duas igrejas.

O papa Francisco e o patriarca de Moscou Kirill mantiveram reunião a portas fechadas por mais de duas horas no aeroporto internacional de Havana, na tarde desta sexta-feira. Este foi o primeiro encontro entre líderes das duas igrejas. Em declaração conjunta, ambos pediram pela coexistência pacífica entre as duas comunidades e enfatizaram que uma das prioridades é encerrar o conflito entre o governo da Ucrânia e os separatistas apoiados pela Rússia.

Além disso, os líderes abordaram a situação dos cristãos no Oriente Médio. "Devemos focar primeiramente nas regiões do mundo onde os cristãos são vítimas de perseguição", afirmaram, em nota. "Em muitos países do Oriente Médio e no norte da África, famílias, vilas e cidades de nossos irmãos e irmãs cristãos estão sendo completamente exterminados".

O documento também aponta que as duas igrejas têm como causa comum a luta contra forças que vão contra os valores cristãos, como o consumismo, o colapso da família tradicional e o aborto. Entretanto, logo após deixar Cuba, em sua viagem ao México, o papa Francisco pareceu minimizar elementos do documento que ele tem evitado comentar.

Em entrevista em seu avião, ele reconheceu as referências da declaração à bioétioca e ao secularismo, mas enfatizou que "o documento não foi político ou social, mas pastoral". O patriarca Kirill tem um extenso registro de relações ecumênicas com a Igreja Católoca, e o papa Francisco tem laços com líderes ortodoxos desde seu tempo como arcebispo de Buenos Aires.

As relações com a Igreja Ortodoxa Russa são uma prioridade por causa de seu tamanho, com mais de 150 milhões de fiéis, o que representa dois terços do total de cristãos ortodoxos no mundo. "Tivemos uma discussão aberta e estamos conscientes de nossa responsabilidade quanto ao futuro da cristandade e da própria civilização humana", afirmou o patriarca Kirill após o encontro. Fonte: Dow Jones Newswires. (Agência Estado)

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