A Redação
Goiânia - O Ministério Público de Goiás (MP-GO) arquivou na quinta-feira (4/2) a denúncia de que policiais militares teriam agredido manifestantes durante a desocupação do Colégio Estadual Villa Lobos, em Aparecida de Goiânia. A representação criminal foi instaurada por advogados que defendem o movimento que se diz contra o processo de implantação da gestão compartilhada com organizações sociais na Educação.
A desocupação aconteceu no dia 28 de janeiro. Pelo Facebook, manifestantes publicaram diversas mensagens acusando a Polícia Militar de tirar o grupo da escola com uso de violência. A unidade estava ocupada desde o dia 18 de dezembro do ano passado e atrapalhou o início do ano letivo, no último dia 20 de janeiro. Em uma ação voluntária, pais e alunos da escola protestaram pela saída dos ocupantes para que as aulas pudessem ter início.
Foram apresentados ao promotor sete vídeos que registraram os fatos ocorridos durante a desocupação da escola. De acordo com o documento assinado pelo promotor Giuliano da Silva Lima, "não há nenhum registro de ameaça contra qualquer pessoa nos arquivos de vídeo, muito menos dos militares citados".
Na decisão de arquivar a denúncia, o documento do MP ainda cita que, mesmo possuindo decisão judicial favorável para a reintegração de posse, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) busca diálogo com os estudantes. O capitão Batista, militar presente durante a desocupação da escola - e que é visto nas filmagens -, foi designado pelo secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, para agir como negociador e evitar intervenções violentas.
O texto também questiona a alegação dos advogados que, "além de estar desprovida de qualquer elemento de prova, contém arquivos que comprovam justamente o inverso do que se argumenta".