A Redação
Goiânia - A secretária de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce), Raquel Teixeira, recebeu na manhã desta terça-feira (2/2) deputados estaduais da base aliada do governo. O encontro ocorreu no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) e teve como pauta o projeto de gestão compartilhada com as Organizações Sociais (OSs), que começará por 23 escolas da regional de Anápolis.
Participaram da reunião, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Hélio de Souza, os deputados estaduais Sérgio Bravo, Francisco Júnior, Manoel de Oliveira, Talles Barreto, Jean Carlos dos Santos, Lucas Calil e Julio da Retífica, além de superintendentes da Seduce. Todos os deputados manifestaram apoio ao novo modelo.
O encontro foi organizado pelo deputado Talles Barreto, presidente das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Mista da Alego. Segundo o parlamentar, ele e outros deputados da base querem contribuir na defesa do projeto que acreditam. "Eu não tenho dúvida de que a gestão compartilhada com as OSs vai dar certo e que será um marco para Goiás. Essa parceria é para o benefício de toda a sociedade, que precisa ter informações verdadeiras. E é esse nosso papel", disse.
"A encomenda do governador foi singela: quero uma escola para pessoas de baixa renda tão boa quanto a escola de pessoas ricas. Nós passamos o ano passado discutindo e formatando um modelo que atendesse a esse desejo. Hoje temos um projeto legalmente amparado e que vai possibilitar uma escola com estrutura e ensino de qualidade sem cobrar nada do cidadão", explicou Raquel Teixeira.
A secretária pontuou que nenhum aluno com baixo rendimento ou necessidades especiais vai ser excluído ou transferido de unidade. "Nós estabelecemos metas e várias obrigações. Se as OSs não cumprirem, o contrato pode ser rompido a qualquer momento. A fiscalização desse trabalho será feita por uma comissão interna da Seduce, pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e Procuradoria Geral do Estado (PGE). Eles farão uma avaliação profunda da atuação desses parceiros”, afirmou.
Raquel Teixeira também explicou que nas escolas com gestão compartilhada os professores concursados continuam efetivos e os temporários serão regidos pela CLT, após um processo seletivo. Os diretores também vão continuar sendo eleitos pela comunidade.
O deputado Francisco Júnior questionou sobre os reais prejuízos gerados pelo movimento de ocupação aos alunos. Raquel informou que o ano letivo começou no dia 20 de janeiro e desde então, os estudantes das escolas ocupadas estão perdendo aulas. Ela citou o Colégio Estadual Lyceu de Goiânia, que já contabilizou 200 pedidos de transferência. "Os alunos querem estudar e estão pedindo a mudança de unidade espontaneamente”, disse.
Jean Carlos dos Santos finalizou a reunião afirmando que vai levar para os outros parlamentares da base as informações obtidas sobre o projeto e os benefícios que a comunidade e os alunos terão. Segundo ele, a sociedade não pode ficar refém de uma minoria partidária. “Nós sabemos que quem está por trás dessas manifestações e ocupações são políticos e sindicatos que não estão interessados no desenvolvimento da educação. É preciso coragem para o embate e isso o governador, a secretária Raquel Teixeira e nós todos temos”, finalizou.