Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

OAB Goiás

Conselheiro federal Pedro Paulo Medeiros: “Vou aonde o grupo quiser”

Advogado convidou Lúcio Flávio para OAB Forte | 28.04.15 - 16:31 Conselheiro federal Pedro Paulo Medeiros: “Vou aonde o grupo quiser” (Foto: A Redação)
Sarah Mohn

Goiânia –
Jovem, articulado e com a carreira jurídica em ascensão em Goiás e Brasília. As principais características de Pedro Paulo de Medeiros têm inserido o advogado no rol de possíveis nomes aptos a disputar a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), em novembro deste ano.

Leia mais:
Julio Cesar Meirelles: "O patrimônio da OAB-GO não corre qualquer risco"

OAB-GO: Enil diz que está apto a disputar presidência caso grupo o escolha
“A OAB-GO não está quebrada”, avalia Felicíssimo Sena

Aliado à histórica chapa OAB Forte, Pedro Paulo é atualmente conselheiro federal da OAB, presidente da Comissão Especial de Estudo do Direito Penal do Conselho Federal da OAB, membro da comissão Especial de Juristas do Senado que elaborou o anteprojeto do novo Código Penal e do Instituto dos Advogados Brasileiros. Pepe, como é conhecido, é filho de um dos maiores criminalistas que já atuou em Goiás, o lendário Wanderley de Medeiros.  

Veja a íntegra da entrevista:
 
A Redação: Como está sendo sua experiência no Conselho Federal da OAB?
Pedro Paulo de Medeiros: Está sendo a realização de um sonho. Sempre sonhei em ir para o Conselho Federal, porque meu pai foi conselheiro federal, além de ter sido presidente da OAB, e nos últimos anos minha atuação na advocacia criminal sempre passou por Brasília, que é onde ficam os tribunais superiores. Sempre quis ir ao Conselho Federal para poder atuar em benefício da advocacia nacional. Meu trabalho tem sido reconhecido, é gratificante.
 
AR: Seu nome tem sido cotado para disputar a presidência da OAB. Como está a articulação na pré-campanha?
Pedro Paulo: Quem vai ser candidato a presidente dentro do grupo no qual convivo há muitos anos nós ainda não decidimos. E quem seria eu para sugerir quem será esse nome? Será alguém de consenso e que represente os interesses dos advogados do interior, das subseções, e dos advogados da capital.
 
AR: Dentro da chapa OAB Forte você quer estar?
Pedro Paulo: Não há dúvida. Não sei onde eu vou ser mais útil. Quem tem que dizer se eu vou ser útil e onde serei útil será o grupo, e não eu. Eu sou só mais um disposto a trabalhar.
 
AR: Novo mandato como conselheiro te satisfaria?
Pedro Paulo: Quem vai dizer é o grupo. Se o grupo entende que eu devo continuar representando e trabalhando por Goiás junto à OAB nacional ou se em algum outro lugar eu serei mais útil à advocacia goiana e à advocacia brasileira. Eu estou disposto a trabalhar e ir para onde o grupo quiser que eu vá.
 
AR: Inclusive abrir mão da cabeça de chapa?
Pedro Paulo: Na verdade, eu só abriria mão se ela fosse minha. Ela não é minha, então não tenho que abrir mão. É do grupo. Eu não tenho o direito à cabeça de chapa, como não tenho o direito sequer de ser conselheiro federal. Eu tenho, quando muito, a expectativa de continuar ingresso na chapa e continuar a trabalhar. O que tenho a oferecer é trabalho.

(Foto: A Redação) 

AR: Você apoia o nome do Flávio Buonaduce para a presidência?
Pedro Paulo: Eu apoio qualquer nome que o grupo escolher.
 
AR: Inclusive o do atual presidente, Enil Henrique Filho?
Pedro Paulo: Se for o que grupo optar. Quem decide é o grupo, não eu.
 
AR: O de Júlio Meirelles também?
Pedro Paulo: O que o grupo escolher. Eu não acredito que o grupo escolha nem Enil nem Júlio. Mas se for essa a opção do grupo, eu respeito e vou apoiar.
 
AR: Então Flávio Buonaduce seria o nome mais viável para OAB Forte?
Pedro Paulo: Eu acredito que, no nosso grupo, é um nome que pelo menos integra e fala a língua da OAB original, do ideal da OAB Forte. Não necessariamente o nome OAB Forte, mas o ideal OAB Forte, que nos acompanha há muito tempo, mas parece que tem sido desvirtuado. Não me parece que Enil ou Júlio tenham esse ideal, mas se o grupo entender que têm, eu logicamente vou apoiá-los. Se for o Flávio, eu aceito. Se for eu, eu aceito.
 
AR: Qual sua avaliação sobre a atual gestão da OAB em Goiás?
Pedro Paulo: Em que pese, eu tenho uma admiração muito grande por Henrique Tibúrcio, tanto que fui eleito com ele em duas ocasiões. Ele não deveria ter saído, e já disse isso a ele, porque desgastou o grupo OAB Forte e a entidade OAB.
 
AR: E como está a gestão do presidente Enil?
Pedro Paulo: O presidente Enil está tentando gerir, mas falar que há uma grande gestão? Não, não há uma grande gestão.
 
AR: Vai dar tempo de Enil Filho deixar sua marca?
Pedro Paulo: Não sei dizer. Não tenho acompanhado, não tenho sido chamado para participar sequer das reuniões sobre os destinos da OAB Goiás. Eles simplesmente alijaram os conselheiros federais, talvez porque sabem que nós nos alinhamos com o pensamento do grupo antigo. Então, não temos compromisso com a diretoria, e sim com a OAB Goiás e com a advocacia. Mais um motivo pelo qual temos que resgatar o ideal da OAB Forte original, que é trabalhar pela instituição sem pretensões de ascensão pessoal e ouvindo todos, inclusive os que estão na oposição.
 
AR: Como seria ouvir a oposição?
Pedro Paulo: Acho que o ideal seria trabalharmos ouvindo várias pessoas da oposição e quiçá podermos ter vários deles conosco ingressando no nosso grupo. Há pessoas muito valorosas da oposição que poderiam estar conosco nesse grupo.
 
AR: Quem, por exemplo?
Pedro Paulo: O próprio (pré) candidato Lúcio Flávio é um amigo pessoal. Nós estudamos juntos, somos de uma mesma geração, temos perfil semelhante. Eu sempre disse isso a ele. Lúcio Flávio é uma pessoa com quem eu gostaria de estar numa mesma chapa. Ele deveria estar conosco. Repito, acho que ele deveria entrar para o grupo (OAB Forte).
 
AR: O que impede Lúcio Flávio de migrar para a OAB Forte?
Pedro Paulo: Que eu saiba nada. O convite está feito. Todos nós gostamos muito do Lúcio e repito abertamente que ele e várias pessoas do grupo dele são todas muito bem-vindas ao nosso grupo.

 (Foto: A Redação) 

AR: O atual secretário de Governo, Henrique Tibúrcio, deve participar desta sucessão?
Pedro Paulo: Como ex-presidente, ele tem uma força. É natural que todo ex-presidente tenha força. Ele tem a influência dele, não há dúvida. Mas, em contrapartida, a OAB se desgastou com a saída dele e a transição para o mandato tampão. Então, isso tudo deve ser pesado. Eu acredito que o envolvimento dele diretamente numa campanha não deve acontecer. Acredito que ele não queira se envolver nisso mais, porque ele já fez a opção dele. Agora, se nós vamos querer o apoio dele? Ele como advogado atuante que é, eu quero o apoio não só dele, mas de todos advogados deste Estado.
 
AR: Então, nessa campanha, a coordenação será mesmo de Felicíssimo Sena e Miguel Cançado?
Pedro Paulo: Eles representam a OAB original. Felicíssimo Sena e Miguel Cançado representam a história da OAB, a OAB que trabalha com o advogado, a OAB dirigente, que não descansa, que trabalha o dia inteiro, que comparece a todos os eventos, que discute com todos os organismos sociais e jurídicos e os movimentos sociais. Os dois têm o ideal de se doar à OAB. Primeiro a OAB, depois a vida pessoal deles. Então, eles representam o ideal da OAB, sem dúvida.
 
AR: Goiás tem força para voltar a ocupar uma cadeira da diretoria nacional da OAB?
Pedro Paulo: Certamente tem. Nós já tivemos um diretor, Miguel Cançado, e Goiás tem toda capacidade de poder indicar um conselheiro federal para compor a diretoria do Conselho Federal pelo que a seccional goiana representa. Sempre foi muito bem considerada pela administração que teve nesses últimos anos da OAB Forte original, a administração de Felicíssimo e Miguel. Por esses motivos, acredito que há espaço, sim, para que a diretoria do Conselho Federal tenha um representante de Goiás.
 
AR: Quem poderia ser esse diretor?
Pedro Paulo: Prefiro não citar nomes, até porque estou no rol de potenciais diretores da OAB nacional. Mas lhe digo que tem que ser um conselheiro federal eleito. Algum dos três conselheiros federais que forem eleitos agora em novembro vai ser um possível diretor da OAB nacional por Goiás.
 
AR: Especula-se que seu projeto a longo prazo seja se tornar ministro. Esse desejo existe?
Pedro Paulo: Em geral, as pessoas acreditam que quem vai para Brasília quer ser ministro. Eles não cogitam a hipótese de que quem vai para Brasília é porque quer trabalhar. E é isso que tenho feito lá diariamente. Atuo e trabalho pela advocacia nacional. Agora, dizer que estou indo lá para ser ministro é desmerecer meu trabalho e desviar o foco da discussão.
 
AR: E ser presidente da OAB é um sonho?
Pedro Paulo: Acho que para qualquer um que entra na OAB, se tornar presidente é o reconhecimento de um bom trabalho. Qualquer pessoa que se disponha a doar seu tempo, sem remuneração, é porque entende que aquilo é um ideal de vida. Quem tem esse ideal de vida sonha em opinar de forma mais incisiva, portanto ser presidente da OAB é um sonho para qualquer um. Agora, meu sonho atual e imediato é trabalhar pela instituição e fazer nosso grupo continuar gerindo a OAB. Se para nós ganharmos, eu tiver que ser candidato a presidente, eu serei. Se para vencer esse pleito nós tivermos que nos juntar com outras pessoas e outros grupos, nos juntaremos. Se para sermos eleitos eu tiver que continuar no Conselho Federal, continuarei.  Quem vai decidir é o grupo. É óbvio que se algum dia eu for presidente da OAB, será uma honraria sem tamanho. Mas quem vai decidir se isso vai acontecer agora ou algum dia é a advocacia goiana, não eu.

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351