A Redação
Goiânia - A requalificação urbanística da Praça Cívica, em Goiânia, terá início início nesta segunda-feira (2/1). A ação é promovida pela Prefeitura de Goiânia como parte da restauração da arquitetura original da capital e as características históricas de sua fundação. A ordem de serviço será assinada às 9 horas pelo prefeito Paulo Garcia. O governador Marconi Perillo já confirmou que estará presente.
A reforma será realizada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (Pac Cidades Históricas), do governo federal. O projeto da reforma foi fornecido pelo governo do Estado.
Mudanças
Segundo a proposta, a manutenção original da praça e seus monumentos serão mantidos. Um espaço de socialização para a população será criado, aliado ao paisagismo e a iluminação locais. A estátua de Pedro Ludovico Teixeira será realocada para o espaço interno.
Outro aspecto da reforma é que ela extinguirá a circulação de veículos no interior da Praça - o acesso será restrito ao Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador. A previsão inicial é de que a obra seja executada em dez meses.
O projeto prevê ainda que todo o asfalto existente hoje na área interna e o concreto da calçada sejam substituídos por pedras portuguesas, blocos e granitos vermelhos. Novas espécies de árvores serão plantadas e as que já estão no local serão readequadas.
A iluminação do espaço interno também se modificará, contemplanto as arcadas dos prédios que compõem o conjunto da Praça Cívica. Os dois quiosques localizados na área interior também serão reformados.
Ainda, uma ciclo-faixa será implantada, interligando a existente na Avenida Universitária com a que será implantada no corredor da Avenida T-7.
"Nossa intenção é eliminar o estacionamento existente e, definitivamente, devolver a Praça Cívica às pessoas", explica o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável, Paulo César Pereira. Segundo ele, o objetivo da administração municipal é causar o menor impacto possível e fazer prevalecer todo o aspecto histórico.
"O lugar onde, ao longo da história, foi ocupado pelo povo com eventos de extrema relevância ao País, como a manifestação popular das Diretas Já, além da vivência e convivência entre as pessoas, foi se perdendo e cedeu lugar a estacionamento. O projeto inverte essa lógica e devolve o espaço à população", ressalta Paulo César.
Recurso
O projeto de Goiânia está entre os 425 selecionados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelos ministérios de Cultura e do Planejamento, Orçamento e Gestão. O recurso total é de R$ 12,5 milhões e será destinado à reestruturação, reconstrução, requalificação, restauração e conservação de espaços públicos.