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Família não quis comentar relatório | 26.01.15 - 20:18
Tenente-Coronel Aviador Raul de Souza, apresenta dados sobre a investigação do acidente (Foto: José Cruz/Agência Brasil) Brasília - O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) confirmou nesta segunda-feira (26/1) que a tripulação que transportava o presidenciável Eduardo Campos não havia realizado o treinamento de transição para operar o modelo Cessna 560 XLS+.
Investigação conduzida por um equipe de 18 integrantes também constatou que o avião fez um procedimento de aterrissagem diferente, uma espécie de "atalho", do que é recomendado.
As investigações preliminares indicam não haver indícios de falha técnica no avião, que caiu no dia 13 de agosto do ano passado no bairro do Boqueirão, em Santos, matando 7 pessoas.
A partir de agora a ênfase será dada na análise de fatores humanos e operacionais.
O investigador encarregado, tenente coronel Raul de Souza, evitou falar em falha humana. Admitiu que o tanto piloto Marcos Martins quanto copiloto Geraldo Magela Barbosa não tinham a proficiência requisitada.
Ele, no entanto, disse ser necessária avaliar o quanto essa deficiência foi determinante para o acidente. Mesmo assim, o Cenipa recomendou que a Agência Nacional de Aviação Civil verifique se as tripulações habilitadas para voar o modelo modelo Cessna 560 XLS+ no Brasil tenham recebido o devido treinamento.
"Cabe à Anac adotar os procedimentos para eliminar qualquer condição de risco", disse.
Em entrevista coletiva nesta tarde, os investigadores revelaram que o piloto tinha condições de efetuar a aterrissagem na manhã do acidente, apesar das condições climáticas.
O piloto, no entanto, fez uma aproximação no Aeródromo de Santos diferente do recomendado. As investigações não indicam falha técnica na aeronave.
Família
A família do ex-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, preferiu não comentar o resultado preliminar do acidente.
Em nota divulgada pelo PSB, a família Campos diz que só se pronunciará a respeito do assunto após a conclusão de todas as investigações.
A nota é assinada pelo advogado da família, José Henrique Wanderley Filho.
O Diretório Nacional do PSB informou que está acompanhando as investigações promovidas pela Aeronáutica e pela Polícia Federal para apurar as causas do desastre aéreo, mas também não quis comentar o caso. (Agência Estado)