Carolina Pessoni
Atualizado às 18h38
Goiânia - O deputado estadual Talles Barreto (PTB) afirmou, nesta segunda-feira (24/11), que a reforma administrativa enviada à Assembleia Legislativa pelo governador Marconi Perillo não vai gerar nenhum tipo de perda. Em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, o relator do projeto afirmou que a proposta da reforma é "corajosa" e deve enxugar a máquina estadual.
"Recebi essa semana pessoas ligadas à agricultura, esporte e lazer, cultura, todos com medo do impacto da reforma e de perder as conquistas já alcançadas. Posso dizer que não vai haver nenhum tipo de perda. O que vai diminuir é apenas o quadro operacional", garante Talles.
Para o deputado, a atitude do governo é correta, já que há a previsão de dificuldade de crescimento para o país em 2015. "Vejo que essa reforma vem com o objetivo de fazer um bom trabalho, diminuindo a máquina de governo. Desta forma vamos ter um Estado célere, com qualidade de serviço do servidor público - porque ele será mais exigido - e com custo menor. Essa é uma necessidade dos Estados, municípios e governo federal."
"A reforma é muito bem vista pela base e oposição. Acredito que vamos aprová-la na íntegra."
Segundo informações do governo, caso a reforma administrativa seja aprovada, cerca de R$ 300 milhões serão economizados nos cofres públicos. As secretarias serão reduzidas de 16 para 10; mil diretorias, superintendências e gerências serão cortadas; e 5 mil cargos serão extintos.
"Acredito que o desafio é escolher pessoas com perfil técnico e político, pra conseguir fazer um governo eficiente", afirmou o deputado.
"Essa primeira parte da reforma reduz a estrutura macro, mas ainda esperamos mais mudanças na segunda etapa", afirmou o relator.
Segundo Talles, a reforma deve ser votada ainda esta semana na Assembleia. "Devemos votar até quinta-feira (27) para que o governador possa anunciar outras medidas no dia 5 de dezembro."
Para Talles Barreto, o projeto deve ser aprovado em sua essência para que ele atinja seu objetivo. "Meu posicionamento é que não podemos mexer nesse projeto. A reforma é muito bem vista pela base e oposição, mesmo que tenha algumas ponderações. Acredito que vamos aprová-la na íntegra."