A Redação
Atualizada às 11h20
Goiânia - Suspeito de cometer 39 homicídios na capital goiana, Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, foi transferido da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) para o Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia na manhã desta quarta-feira (22/10). Na unidade, o vigilante continuará isolado em uma cela.
Preso há oito dias, o suposto assassino em série confessou autoria dos crimes durante depoimento à polícia. A transferência para a unidade de segurança máxima ocorre com a finalidade de garantir a integridade física do suspeito. Na quinta-feira (16), ele teria tentado cometer suicídio na cela da Denarc, cortando os pulsos com pedaços de lâmpada.
Está previsto para começar nesta quarta-feira (22/10) o levantamento do perfil psicológico do vigilante. O trabalho será conduzido pelo psicólogo forense da Polícia Científica de Goiás Leonardo Faria.
Será avaliado se o vigilante sofre de alguma desordem no sistema nervoso, é portador de alguma anomalia ou trauma físico com dano cerebral que tenha causado alterações no lobo frontal (área onde são organizadas as ações, movimentos e o pensamento abstrato).
No início da semana, o
Thiago Huáscar deixou a defesa de Tiago Henrique. Ao jornal
A Redação, o advogado informou que não houve acordo com a família sobre honorários. Na terça-feira (21), um grupo de advogadas assumiu o caso. Em entrevista, Leonaine Alves afirmou que o suspeito "está sendo coagido em algumas situações".
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No mesmo dia, o Instituto de Criminalística confirmou que as mortes da assessora parlamentar Ana Maria Victor Duarte, de 27 anos, e do fotógrafo Mauro Ferreira Nunes, 51 anos, foram causadas por disparos provenientes da arma apreendida na casa do vigilante.
Além das duas vítimas, a análise dos projéteis também já havia confirmado outros seis casos: Isadora Aparecida C. dos Reis (15), Thamara da Coinceição Silva (17), Taynara Rodrigues da Cruz (13), Rosirene Gualberto da Silva (29), Juliana Neubia Dias (22) e Ana Lídia Gomes (14).