A Redação
Brasília - Os deputados federais do Democratas estiveram presentes na audiência pública realizada no Senado com a presidente da Petrobras, Graça Foster, na qual ela foi sabatinada sobre a compra da refinaria de Pasadena e outras irregularidades que envolvem a estatal.
O líder da bancada, Mendonça Filho (PE), o líder da Minoria no Congresso, Ronaldo Caiado (GO), e o deputado Rodrigo Maia (RJ) compareceram ao plenário da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, na manhã desta terça-feira (15/4).
Durante o encontro, eles presenciaram a confissão da presidente de que “não há como reconhecer na presente data que [Pasadena] foi um bom negócio”.
“Pelo menos isso ela teve que reconhecer”, declarou Caiado. Para ele, Graça Foster tergiversou quando questionada sobre os maiores problemas da empresa e não explicou a influência política nas decisões da estatal.
“Ela quis vender aquela tese de que está cuidando e tentando elucidar os fatos, mas não fala porque essa iniciativa não começou antes. Porque só iniciou a demissão de todos os envolvidos depois da divulgação da mídia. Houve a mão de alguém politicamente forte que se beneficiava dessas negociatas e com isso tinha o poder de mantê-los nas diretorias. Como é que uma empresa qualificada mundialmente faz um contrato tao primário como esse de Pasadena?”, questionou o goiano.
Já para Mendonça, a quantidade de vezes que a presidente se esquivou das perguntas mais complicadas reforçou a necessidade de instalação de uma CPI.
“É lamentável essa tentativa da presidente em desviar o foco daquilo que merece apuração. Hoje, a Petrobras está dominada por facções políticas no intuito de dilapidar o patrimônio público. É isso que precisa ser apurado e não será uma investigação interna que resolverá. Precisamos da CPI”, argumentou o líder.
A instalação da comissão de inquérito também foi defendida por Rodrigo Maia, que lembrou que o fato de existir um ex-diretor da Petrobras preso é motivo suficiente para que o caso seja investigado por instâncias externas à empresa.
“A vinda dela não ajudou e acho que ficou mais claro a necessidade de realização da CPI. Até porque hoje você tem um diretor da Petrobras preso, então, não podemos esperar que saia algo de uma investigação que parta do governo”, afirmou.