Michelle Rabelo
Goiânia - Por volta das 8h30 desta quinta-feira (3/10), chegou ao fim o mistério que cercava o caso da mulher que foi encontrada morta e sem a cabeça dentro de uma cisterna na terça-feira (1/10) em Anápolis, a 55 Km de Goiânia. O corpo da vítima já havia sido encontrado, mas o paradeiro da cabeça ainda era desconhecido. Ela foi encontrada
dentro de um saco plástico com água na Avenida Fernando Costa, no Setor Los Pampas, em Anápolis.
As buscas pela cabeça de Alessandra haviam recomeçado na manhã de quarta-feira (2/10), quando os bombeiros mergulharam na cisterna na esperança de encontrar a parte do corpo, mas nada foi encontrado. A cabeça da vítima, Alessandra Gomes da Silva, 32 anos, foi entregue à Polícia Civil (PC).
(Foto: Corpo de Bombeiros)
Depois de uma denúncia anônima, feita por meio do telefone 190, a Polícia Militar (PM) encontrou o corpo de Alessandra dentro da cisterna da casa onde ela morava, no Setor Vila Jaiara. A vítima, que tinha várias passagens policiais, foi removida pelo Corpo de Bombeiros depois de quase três horas de trabalho e com a ajuda de dez homens. No local, os bombeiros montaram uma estrutura empregando técnicas verticais para descida e subida da equipe.
Investigações
(Foto: Corpo de Bombeiros)
Alessandra, que tem passagens por roubo, ameaça, lesão corporal, homicídio e furto, já havia cumprido parte da pena e era, atualmente, procurada pela Justiça.
Em um primeiro momento, a polícia apontou como suposto responsável pelo crime Antônio Fábio Vaz de Oliveira, 32 anos, que chegou a ser preso. Ele foi detido por ter brigado com Alessandra na segunda-feira (30/9) e, por isso, era o principal suspeito. Segundo o Tenente Coronel da PM Paulo Roberto de Oliveira, Antônio morou com a vítima durante quatro anos, tempo durante o qual os dois brigaram pela posse do terreno onde fica a casa da vítima.
Já na quarta-feira (2/10) quatro pessoas foram presas. Segundo o comandante de operações do 3º Comando Regional da PM, capitão Ronildo Ferreira da Cruz, os quatro envolvidos confessaram o assassinato. São eles: Éder Nascimento, 27 anos, Rafael Smith Gomes, 23, Leandro Moura dos Santos, 27, e Mairene Trovor, 23.
De acordo com o capitão Ronildo da Cruz, a polícia acredita que a motivação do crime tenha a ver com tráfico de drogas. A vítima não tinha nenhum parentesco com os supostos assassinos e possuía várias passagens pela polícia, por roubo, ameaça, lesão corporal, homicídio e furto, além de já ter cumprido parte de pena judicial e ser, atualmente, procurada pela Justiça.
Os quatro suspeitos foram autuados pelos crimes de homicídio, formação de quadrilha, tráfico de drogas e associação ao tráfico de drogas.