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Goiânia

OAB-GO acompanha desdobramentos de incêndio em centro de internação

Nove pessoas morreram e uma ficou ferida | 25.05.18 - 22:06 OAB-GO acompanha desdobramentos de incêndio em centro de internação (Foto: divulgação)
Kamylla Rodrigues 
 
Goiânia - Membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO), o advogado criminalista Gilles Gomes informou que a entidade vai acompanhar os desdobramentos sobre o incêndio no Centro de Internação Provisória que abriga adolescentes infratores no 7º Batalhão da Polícia Militar, no Jardim Europa, em Goiânia. 
 
Na manhã desta sexta-feira (25/5), nove internos morreram e um ficou gravemente ferido. Ele continua em estado gravíssimo no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol). 
 
A primeira medida, segundo o advogado, é exigir que a unidade seja desativada. "Após esse incêndio, a unidade não tem condições de continuar atendendo os internos sobreviventes. Os jovens devem ser transferidos para um outro centro que tenha as condições mínimas para recebê-los", afirmou Gilles em entrevista exclusiva ao jornal A Redação. De acordo com ele, todas as ações do governo relacionadas ao caso serão acompanhadas pelas Comissões de Direitos Humanos e pela Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA). 
 
Gilles criticou o tratamento dado aos internos da unidade. Segundo ele, o espaço enfrenta graves problemas estruturais. "A Defensoria Pública esteve no local na semana passada e mais uma vez constatou superlotação, atendimento à saúde precário, falta de assistente social e a parte educacional inexistente. Além disso, houve queixas de falta de ventilação e até de água. Muitas recomendações que a defensoria e a própria OAB fizeram em visitas anteriores não foram observadas", enfatiza. 
 
O advogado também destaca que os Centros de Internação para Adolescentes Infratores não devem funcionar como presídio. "Estamos passando um verniz, porque aquilo é uma prisão como qualquer outra. E isso não dá certo". Para ele, é necessário investir em modelos alternativos de repressão a crimes cometidos por adolescentes. "O Brasil é a terceira maior nação que mais prende no mundo. Prender e esquecer aquela população carcerária é fomentar e fortalecer ainda mais o crime. É necessário investir em educação, oportunidades para jovens da periferia e combater o tráfico de drogas, que é o motivo de grande parte das prisões", ressalta.

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