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Câmara de Goiânia

CEI convoca Fátima Mrué para depor sobre relatório de leitos ociosos de UTI

Depoimento deve ocorrer na segunda-feira (26) | 23.03.18 - 14:25 CEI convoca Fátima Mrué para depor sobre relatório de leitos ociosos de UTI (Foto: Blog da Prefeitura de Goiânia)A Redação

Goiânia -
 A secretária Municipal de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué, a superintendente de Regulação, Andréia Alcântara, e a chefe de gabinete da Secretaria, Arlene Barros, foram convocadas pela Comissão Especial de Inquérito que apura irregularidades na Saúde para depor na próxima segunda-feira (26/3), às 9h30. Elas devem responder sobre o relatório encaminhado pela pasta sobre leitos ociosos de UTI entre agosto de 2016 e agosto de 2017. 
 
A secretária já se manifestou e disse "desconhecer' o conteúdo do relatório. Relator da CEI na Câmara de Goiânia, vereador Elias Vaz (PSB), diz que "não acredita" na versão da secretária. “A secretária está mentindo. Temos documentos que comprovam que o relatório foi encaminhado pela Saúde. Mais uma vez, a secretária ataca a CEI numa tentativa de desmerecer as investigações sérias que a Comissão tem realizado”, afirma o relator da CEI.
 
Relatório
Segundo Elias Vaz, o relatório enviado pela Secretaria Municipal de Saúde tem 449 páginas e revela que, entre agosto e dezembro de 2016, havia, em média, 89 leitos desocupados de UTI adulto no Município e 172 leitos ocupados. A média subiu de janeiro a agosto de 2017, ficando em 128 leitos desocupados e 169 ocupados. “O que fizemos foi a tabulação dos dados, com cálculos minuciosos de cada dia, apontando a média de desocupação de cada semestre. Também calculamos os leitos ociosos por dia em cada hospital informado no relatório como conveniado para oferecer leitos de UTI ao SUS”, afirma o vereador.
 
Segundo Elias, o documento tem informações valiosas que deveriam ser utilizadas para melhor gestão da pasta. “Se a secretária não soube interpretar os dados produzidos pela própria equipe dela ou se não se preocupou em determinar esses cálculos até mesmo para agir diante da realidade de grande número de leitos ociosos de UTI na capital, nós fizemos esse trabalho. Desmerecer um relatório elaborado pela própria equipe da Saúde só reforça o que já estamos afirmando há meses, que Fátima Mrué não consegue gerir com decência a Secretaria. O resultado dessa má gestão é criminoso: pessoas morreram à espera de UTI enquanto havia leitos ociosos no período informado pelo relatório”, assinala Elias Vaz.
 
A CEI denunciou o caso à polícia, que anunciou uma força-tarefa para investigar as irregularidades. Os casos de improbidade administrativa serão apurados pela Delegacia de Combate a Crimes contra a Administração Pública e a Delegacia de Homicídios vai cuidar dos registros de morte por falta de UTI enquanto havia leitos desocupados.

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