A Redação
Goiânia - A Faculdade Araguaia promoveu na noite desta quinta-feira (8/3), um bate-papo com os alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda sobre fake news. Além do jornalista e diretor presidente do jornal A Redação, João Unes, o bate-papo contou com presença da publicitária Luciana Serenini.
João Unes foi convidado pela coordenadora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, Viviane Maia e pela professora Patrícia Drummond.
João Unes durante bate-papo sobre fake news (Foto: Letícia Coqueiro)
Viviane explicou que o evento faz parte do calendário de aulas dos cursos. “Todo semestre a Faculdade Araguaia escolhe um tema para ser discutido com os alunos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda. Geralmente escolhemos um tema atual, para promover discussões. Escolhemos fake news como tema por ser um assunto que é muito atual no jornalismo”, comentou a coordenadora dos cursos.
O bate-papo também abordou o reposicionamento de marcas, e, assim como as fake news, teve suas características abordadas criticamente pelos profissionais participantes e pelos alunos.
Para a professora de Jornalismo, Patrícia Drummond, o tema foi escolhido para tentar propor uma análise crítica por parte dos nossos alunos. “É um tema tão atual e abrangente que até o papa Francisco citou este problema. Os alunos de Jornalismo precisam estar preparados e não podem perpetuar nem disseminar fake news. Para isso, é importante ter um senso crítico, e este evento é uma oportunidade de exercitar isso”, declarou ela.
A professora também citou o motivo de ter escolhido o editor presidente do jornal A Redação para conversar com os alunos. “O João foi escolhido por ter todo o cacife para falar sobre este tema. Por estar à frente do A Redação, jornal on-line pioneiro em Goiás e por ser lúcido para falar de jornalismo, com experiência”, disse.
Fake news e jornalismo on-line
Durante sua fala, João Unes falou da importância de saber identificar uma notícia mentirosa e a evitar se informar pelo canal que a divulgou. “Fake news é um nome pomposo e carregado de anglicismo para fofoca e boato. Como que agimos com boatos e fofocas? Nós procuramos identificar quem está espalhando esta informação, e, assim que soubermos a fonte e confirmada a falta de veracidade, passar a desacreditar essa fonte. No jornalismo isso também ocorre. Há pessoas que se profissionalizam em falar mentiras e a divulgar versões sobre um fato”, explicou.
Sobre as particularidades do jornalismo on-line, João pontuou as vantagens e os riscos de se fazer jornalismo na internet. “Acredito que o maior diferencial do jornalismo na internet é o fato de que não tem horário de fechamento. O fechamento ocorre durante o dia todo, o que dá muito dinamismo para a publicação, mas por outro lado é um perigo, já que pode expor o jornalista a uma série de perigos para sua reportagem. Por isso que eu acho que o jornalista se difere do blogueiro e da pessoa que fica em casa inventando notícia e publicando em seu site ou blog. O jornalista sabe da importância da apuração, da checagem dos fatos, é preciso entrevistar pessoas, consultar fontes. Talvez o maior dilema do jornalismo on-line é fazer o mais rápido possível, porém com o máximo de conteúdo”, comentou.